terça-feira, 13 de fevereiro de 2018

22 apontamentos sobre o Japão

Será que tem lugar mais distante para conhecermos? Olhando o globo, ele está literalmente do outro lado. E então por que escolhemos esse lugar tão longe para ir? Já fazia uns três anos que pesquisávamos, pensávamos em ir e desistíamos. A Cecília tinha um sonho inexplicável de conhecer o Japão, mas ainda tínhamos receio de fazer uma viagem tão longa, de termos dificuldades de comunicação, e com ela de locomoção e alimentação.

Mas enfim tomamos coragem e partimos rumo ao Japão, mas com algumas paradas pelo caminho. Durante a viagem, fomos anotando algumas coisas diferentes que nos chamaram a atenção. Aí vai a lista!

1- Já na imigração a primeira coisa que nunca nos aconteceu: é totalmente individual, inclusive para a Cecília. Não tem essa de ir a família inteira... é um por vez. A Cecília ficou apavorada, mas deu tudo certo. Eu só não queria que um japonês que gritava me chamasse e foi justo aquele que ficou vago na minha vez, mas ele foi bem simpático e até arriscou umas palavras em português. 

2 - Muitos restaurantes tem os pratos que servem feitos em plástico (ou sei lá que material). É muito bem feito e real, facilitando muito nossa vida para pedir a comida (e saber ou desconfiar o que está comendo). Também tem restaurantes em que você faz o pedido na máquina, paga ali mesmo e recebe um bilhete. Senta, entrega os papéis para a atendente, que traz a comida e pronto! Não precisa falar nada. Ah... e já quando você senta te trazem copos de água e na maioria dos locais também lenços umedecidos ou panos quentes para limpar as mãos. Adorei esse hábito!



3 - Há muitas ruas em forma de galeria, cheia de lojas, alguns restaurantes e cafés, com teto transparente. Vimos muitas dessas em Kyoto e Hiroshima e um pouco menos em Tóquio.



4 - Em Kyoto tem muita gente (turista) que aluga kimono e passeia pelas ruas. A Cecília também fez isso! Conto mais sobre essa experiência aqui .


5 - É impressionante a organização das filas para entrar no metrô (e pra tudo!). Já tem o lugar no chão para fazer a fila e é exatamente ali que a porta vai abrir. Aliás, em várias estações não há acesso aos trilhos. Uma porta abre apenas na hora em que chega o metrô. E falando em metrô, são limpíssimos e, mesmo quando lotados, silenciosos.



6 - É famoso o tal sorvete de chá verde. Mesmo com o frio, resolvemos experimentar. Quer saber o gosto? Parece que estamos comendo erva de chimarrão.


7 - Quantos anos será que essas crianças têm? Vimos várias crianças indo para casa depois da escola assim, sozinhas... mesmo pequenas desse jeito. E não foi apenas em cidades menores, mas também em Tóquio, enfrentando aquele metrô gigantesco! As crianças parecem mais independentes e certamente a segurança é um fator determinante para isso.


8 - Como queria um desses!!! Os vasos sanitários são o máximo! Esse do nosso hotel tem o assento aquecido (ótimo no inverno), botões para sair jato de água quente, o botão para parar o jato, e quando você dá descarga sai água na torneira em cima do reservatório para lavar as mãos e encher novamente o reservatório. Aliás, os banheiros públicos são excelentes, a maioria deles com assento aquecido e todos os que não são orientais (no chão) tem esses muitos botões. Outro ponto sobre os banheiros públicos: muitos (muitos mesmo) não tem toalha de papel e nem secador com vento. As pessoas costumam ter suas próprias toalhas de pano, tanto que são bem comuns de encontrar para vender.


Por outro lado, em muitos lugares você encontra esses vasos ainda do estilo antigo. Para usar, precisa ficar virado de frente para a parte mais alta, de cócoras. Óbvio que apenas li as instruções... não tentei utilizar, ainda mais no inverno e de calça!


9 - Em muitos lugares é necessário tirar o sapatos e colocar um chinelo. Aliás, no hotel que ficamos em Kyoto não podia entrar no quarto de sapatos. Acho que é por isso que tem tantas meias lindas para comprar!! 😃


10 - Essas máquinas de bebida estão em todos os lugares! Têm bebidas quentes (chás, cafés) e frias também. São inúmeras as opções de bebidas e é normal ver várias enfileiradas.



11- Esse tipo de refeição é bastante comum no Japão. Custa entre 600 e 800 yenes em geral. Vem sempre uma entrada de missoshiro (sopa de missô, com caldo de algas ou peixe) e o arroz empapado, fácil de comer com os hashis. Vem também um mini vaso para tomar chá verde. Em alguns locais, há uma torneira com a água quente para o preparo do chá direto na mesa ou bancada.



12-  Há muitas máquinas de câmbio desse tipo espalhadas pelas cidades. Ela troca vários tipos de moedas por yenes. Tem uma tabela com todas as cotações, você insere a nota e ela te devolve em yenes. Utilizamos para trocar dólares e foi muito simples! Aliás, para uma conversão rápida, tire os últimos dois zeros e multiplique por 3. Será o preço em reais, aproximadamente (100 yenes = 3 reais). Esse é o primeiro mundo. Daí chegamos na África do Sul e exigiam até o endereço do hotel para trocar dólares por rands!


13 - Praticamente é proibido fumar em todos os lugares, inclusive na rua. Há alguns espaços reservados para fumantes.


14 - Outro lugar muito legal para comer é nos kaiten sushi (sushi rotatório)! Os pratos ficam passando e você vai pegando o que quer. Nesse da primeira foto, o valor do prato era de 147 yenes e vinham dois bem grandinhos. Ah... só para constar o peixe ultrapassa o limite do arroz nos dois lados.


Olhem o tamanho do peixe! Afinal, você não foi comer arroz...

Ao fundo a torneira de água quente para preparar o chá verde.

Esse monte de pratos com bebida custou R$ 105,00.
Nessa foto também dá para ver a tela onde dava para fazer os pedidos.
Num dos restaurantes, além da esteira tinha o shinsanken: você fazia o pedido num tablet na sua frente e o trem parava na sua mesa com o seu pedido.



15 - As revistas são ao contrário, segundo nossos padrões. É só reparar na foto abaixo.


16 - Essas máquinas estão por todos os lados! Geralmente pedem moedas de 100 yenes e cobram entre 200 e 400 yenes.


17 - Além de amenities  maravilhosos e de qualidade, os hotéis em que ficamos ofereciam "pijamas", geralmente em forma de quimonos (com cinto, como na foto, ou com botões). Acredito que seja bastante comum por lá, já que o único hotel que não tinha os "pijamas", em Kyoto, nos escreveu um e-mail incluindo esta informação.

Nós três na foto (olhe na  janela!): eu e a Cecília de quimono.
O Emerson não entrou no clima. :(
18 - As frutas têm preços impraticáveis, com exceção da banana. Portanto, salvo aquelas que comemos no café da manhã do hotel de Hiroshima (abacaxi e laranja) e dos morangos mais caros do mundo da Cecília, não lembro de ter comido outra fruta além de banana.

Que tal 5 dólares por cinco bergamotinhas? Essas até que eram baratas
perto do melão ou da melancia...

E 16 dólares por 9 morangos? Pelo menos eram muuuito doces e enormes.
19 - E o transporte, uma das nossas grandes preocupações? Não deixe de visitar o Japão por causa disso. É tudo muito bem sinalizado e depois de passado o primeiro impacto é fácil de se entender. Para facilitar a nossa vida, compramos um JR Pass de sete dias, para utilizarmos nos grandes deslocamentos. Como era baixa temporada, nem reservamos assentos. Assim, era possível pegar qualquer trem da rede JR, com exceção dos Shinkansen Nozomi e Mihuro. Baixamos um aplicativo, onde era só colocar a origem e destino e ele já informava quais os trens, horários e número do trem que estavam disponíveis. Daí é só chegar na estação e verificar a plataforma pelo número do trem e horário. Bem simples!

Tendo o horário e número de trem dá para descobrir a plataforma até quando ela fica assim 👇! O nosso era o número 542 e saía às 9:55, portanto plataforma 13.


Claro que a vida fica mais fácil quando o letreiro fica assim 👇! E ali confirmamos que o trem de fato tinha parada em Himeji e era um Shinkansen Sakura, coberto pelo JR Pass. O número 124 também teria parada em Himeji, mas por ser Nozomi não poderíamos utilizar.


E na plataforma novamente tem o número do trem, horário e paradas. Além disso, há informação também nas placas e na plataforma dos vagões para bilhetes sem assento reservado (no nosso eram os vagões 1 a 3, conforme foto acima). Daí é só procurar aquele número no chão e ficar esperando o trem chegar! E é justamente  naquele lugar marcado que o vagão que você espera irá parar!!!

E que coisa linda são esses trens de alta velocidade!!!
O metrô é outro transporte fácil de utilizar! Em Kyoto compramos as passagens avulsas, assim como no dia em que chegamos em Tóquio, e o sistema é bem parecido. Posteriormente, em Tóquio, compramos passes de 72 e 48 horas, o que economizava o tempo de compra da passagem, o cálculo do valor a ser percorrido e era mais econômico. No vídeo, dá para ver como é fácil comprar as passagens nas máquinas. Ao contrário de vários (até acho que todos) lugares em que já utilizamos o metrô, a distância a ser percorrida determina o preço. Então, é só olhar no mapa do metrô o valor até a estação que você pretende ir (ou utilizar o aplicativo do metrô, que além do valor também te dá todo o trajeto detalhado e o tempo de deslocamento) e colocar o valor na máquina. Se você errar, tudo bem. A cada saída de estação, antes de passar o bilhete para sair, dá para pagar a diferença nas máquinas disponíveis para isso.

O vídeo abaixo mostra como comprar passagem de metrô em Kyoto, exatamente igual a Tóquio:


Em Kyoto também utilizamos ônibus e é bem simples! Dá para usar o passe diário ou pagar a viagem avulsa, colocando o valor exato no cofrinho ao lado do motorista na hora de descer. Nesse caso, o valor era fixo.

20 - E sobre a alimentação, outra preocupação que coloquei lá no início? Foi mais fácil que pensávamos. Já mencionei que muitos restaurantes possuem as comidas em plástico ou outro material, o que ajuda bastante. Além disso, a maioria dos cardápios possui imagem da comida. Outra opção é pedir nas máquinas de comida, em inglês e com fotos. Se você gostar de sushi, tem muitos restaurantes pela cidade, tanto com menu quanto de esteira. Experimentamos os dois tipos!
E tem ainda as redes estilo Mc Donalds, que também quebram o galho... Para nós facilitou que as comidas não são muito temperadas, até precisávamos pedir sal várias vezes.
Para quem arrisca novos sabores, tem uma imensidão de seres marinhos estranhos para experimentar!!!

21 - Ir ao Japão é caro? Pode ser ou pode não ser, como vários outros lugares no mundo. Está certo que fomos no inverno (na época de floração das cerejeiras os preços são realmente altíssimos) e que optamos por tentar economizar sempre que possível, mas sempre buscamos hotéis razoáveis e limpos e sempre com banheiro. A passagem aérea já não é mais tão cara. Com antecedência e acompanhando as promoções, pode sair pelo mesmo valor que uma viagem à Europa.

Em relação aos hotéis, dividimos nossa hospedagem entre Kyoto, Hiroshima e Tóquio, além de uma noite no hotel do aeroporto de Kansai, com uma média de R$ 270,00 por noite para dois adultos e uma criança de 11 anos, o que fica em torno de U$ 80,00.

Quanto à alimentação, você pode gastar U$ 5,00 ou mais de U$ 100,00! Um combo do Mc Donalds fica em torno de U$ 7,00, praticamente o mesmo valor dos combos com frango ou porco, arroz, salada de repolho e sopa de missô que mencionei no item 11. Se você for a um sushi de esteira e comer bastante, vai gastar uns R$ 50,00. No restaurante de sushi mais arrumadinho que fomos (muito bom), gastamos em torno de R$ 90,00 por pessoa, com todas as taxas incluídas, bebendo cerveja.

E ainda temos os passeios! Muitos templos não cobram nada e o lugar mais caro que fomos, o Castelo de Himeji, custou 1000 yenes por adulto, o que dá cerca de R$ 30,00. Vários outros templos e museus ficaram em torno de 600 yenes (R$ 18,00). O Museu de Hiroshima, por exemplo, custou 200 yenes, ou seja, R$ 6,00. Compare com valores praticados no Brasil e tire suas próprias conclusões.

Aliás, quando falei nesse post sobre a road trip que fizemos nos Estados Unidos em 2017, disse isso:
Mais uma comparação. Claro que para chegar nos Estados Unidos temos a passagem aérea. Mas eu já fiz vários cálculos mentais e muitas vezes acho mais caro fazer turismo no Brasil do que no exterior. Há algum tempo, visitei o Museu do Chocolate em Gramado. Não sei se fiquei 30 minutos lá dentro... O preço para nossa família entrar neste museu é de R$ 70,00. Gastamos menos para passar um dia inteiro nas incríveis cavernas de Carslbad.

Continuo com a mesma opinião.

22 - E os japoneses? Atenciosos, fechados, educados, prestativos, silenciosos. Te cumprimentam sempre que você entra ou sai de um estabelecimento, sempre sorrindo. Os motoristas de ônibus que andamos sempre vestidos de forma impecável, até mesmo de gravata (como muitos motoristas de táxi que vimos). A cada passageiro que descia do ônibus era um "arigato gosaimas".

Nos trens, por exemplo, cada vez que o funcionário saía de um vagão, nunca o fazia sem virar-se para os assentos e curvar-se para os passageiros, mesmo que ninguém estivesse olhando. Em geral, é uma preocupação com o outro que acho não ter visto em outro lugar do mundo até agora.

Antes da viagem, li o livro "Os Japoneses", uma série de livros que fala das mais variadas nacionalidades. Ali conta a preocupação do japonês com o coletivo e não com a sua individualidade, atribuindo muito ao modo de ser do japonês o país que construíram. Você imaginaria um país sem lixeiras nas ruas e com a limpeza impecável? Pois é... lá você até encontra algumas lixeiras próximas das máquinas de bebida, mas em geral na rua não existem lixeiras e nem lixo.

Outra cena interessante que vimos duas vezes: uma com carro de polícia e outra com ambulância. Eles parecem sempre estar pedindo licença em uma espécie de megafone, avisando que estão passando (além da sirene), sempre com o "Kudasai" (por favor). O mais engraçado foi ver outros veículos dando passagem e os condutores falando em alto e bom som o "arigato gosaimas", até naquela circunstância.

Outro ponto que chamou a atenção é que, com exceção de Tóquio, praticamente não encontramos ocidentais. São pouquíssimas as pessoas  sem olhos puxados. Em Tóquio, já dá para encontrar ocidentais, mas em número muito pequeno.

De ponto negativo o que chama a atenção é a falta de habilidade com o inglês, num mundo tão desenvolvido. Até mesmo em alguns hotéis era difícil entender o que diziam. Em restaurantes, muitas vezes não entendiam palavras simples (ou não sabiam responder, fico na dúvida). Aprendemos nos restaurantes a falar meio "estilo índio", com palavras avulsas, sem frases. Isso vem refletido nas livrarias, por exemplo. Elas podem ser enormes, cheias de livros, mas se encontram pouquíssimos livros em inglês. Nas bancas de revista a mesma coisa: acho que vimos revistas em inglês apenas no aeroporto.

E aqui encerro nossos relatos sobre o Japão! Se gostamos? Adoramos conhecer essa cultura diferente. Perdemos o medo de ir longe, do desconhecido e de nos sentirmos analfabetos. Certamente, um divisor de águas nas nossas perspectivas e possibilidades de viagem. 👪


quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

Tokyo - parte 3: Tokyo Dome, Tokyo Tower & Parque Ueno

No dois últimos dias em Tóquio, fomos ao Parque Ueno (terça-feira) e à região da Tokyo Dome e também da Tokyo Tower (quarta-feira).

Tokyo Dome: 

Além do lindo estádio de beisebol do time de Tóquio, o Yomiuri Giants, há shoppings, restaurantes e uma espécie de parque de diversões. Ali compramos mais uma bolinha para a coleção da Cecília! Também achamos mais uma Daiso para as últimas comprinhas no Japão.


Tokyo Tower:

É um símbolo de Tóquio e fica ainda mais linda quando está iluminada. Ela foi construída em 1958 e tem 333 metros de altura. Ela é mais alta que a Torre Eiffel, mas a minha percepção é que não é tão larga, pelo menos na base. Ali tem um mirante (que não subimos), mas também várias lojinhas na parte térrea, onde é possível entrar mesmo sem comprar ingresso.



Parque Ueno:

Na terça-feira, planejamos o dia de passeio no Parque Ueno. Foi no dia seguinte à neve, então o parque estava muito bonito quando chegamos, bem branquinho!





Resolvemos iniciar o passeio pelo Museu Nacional de Tóquio. O museu é enorme e visitamos apenas a parte relativa ao Japão, que conta a história da arte japonesa. Infelizmente, o Museu Edo-Tokyo, que conta a história da cidade, está fechado até março.






Este é uma espécie de jogo da memória feito de conchas

Quimono para casamento
 Por ser o ano do cachorro, há um setor dedicado a eles! São várias obras onde nosso amigo aparece.


A entrada para adultos custa 620 yenes e a visita vale a pena! Pelo que percebemos, a arte japonesa se inspirou muito na chinesa e é completamente diferente das visitas que fizemos em museus da Europa.  Este museu é o mais antigo do Japão e tem origem em 1872. Possui 116.000 objetos e 88 tesouros nacionais.



Almoçamos ali no parque mesmo, numa cafeteria em frente ao Starbucks (que obviamente não tinha lugar...), chamada Park Side  Cafe. Depois, atendendo aos pedidos da Cecília, fomos ao zoológico. A entrada custa 600 yenes por adulto e a Cecília não pagou.
Minha opinião: não gostei. Não sei se por causa da neve do dia anterior ou do frio, mas muitos animais não estavam em seus lugares originais, mas em locais fechados. Era possível vê-los, mas fiquei chocada com o espaço que alguns deles tinham para ficar... Além disso, depois de visitar o zoológico de San Diego, acho que serão poucos os que poderão competir com aquele padrão.

Para não dizer que não registrei nossa visita, tenho uma foto e um vídeo do nosso segundo contato com um Panda!




E para não dizer que não encontramos "ele" em nenhum lugar, lá do alto, já nos despedindo do Japão, ele apareceu bem grandão e branquinho:

Monte Fuji
E aqui acabou a tão sonhada viagem ao Japão! Em breve, quero compartilhar as nossas anotações sobre esse outro mundo que conhecemos!!!

Mais sobre Tóquio:

Tóquio - parte 1

Tóquio - parte 2



sábado, 3 de fevereiro de 2018

Tokyo - parte 2: Asakusa, Akihabara & Tsukiji

No primeiro post sobre Tóquio, contei sobre nosso passeio em Shinjuku, Harajuku e Shibuya. Já neste post, virão Asakusa (não confundir com Akasaka, região onde nos hospedamos), Akihabara e o mercado de peixes de Tsukiji.

Asakusa:

No domingo em que fomos a Harajuku, também visitamos Asakusa, uma parte mais antiga de Tóquio. Começamos pela Rua Nakamise, que possui cerca de 90 lojas fundadas na era Edo. A entrada para esta rua, que irá terminar no templo Sensoji, é marcada pela porta Kaminari-mon, com essa gigantesca lanterna vermelha.


Porta Kaminari-mon
A rua Nakamise estava praticamente intransitável! Era muita gente para pouco espaço. Não sei se está sempre cheio ou se era por ser domingo, mas praticamente não conseguimos ver nada. Acabamos desviando pela parte atrás das lojas para chegarmos ao templo.

Rua Nakamise lotada!
Perto do templo, tem outra lanterna gigante! Aqui, com as moças de quimono embaixo, dá para ter uma ideia do tamanho da lanterna. Em Asakusa também tem lojas para aluguel de quimonos, embora sejam em número bem menor que Kyoto e com menos lugares para passear depois de vestida. Se você quiser se vestir com o quimono e for a Kyoto, não tenha dúvidas de fazer isso lá.


E para não contrariar as expectativas, o tempo Sensoji também estava lotado! Dizem que este é o templo mais antigo de Tóquio e foi construído no ano 628, embora a estrutura atual seja de 1950.


Ao lado do templo está esse pagoda de 5 andares e 55 metros de altura, reconstruído em 1973.



Dali da área do templo é possível avistar a Tokyo Sky Tree, uma torre de comunicação com 634 metros de altura. É interessante ver a parte moderna e a parte antiga dividindo a mesma imagem...


Saindo  dessa área do templo, já dá para caminhar com um pouco mais de tranquilidade e conhecer  mais desse bairro. São lojas, restaurantes mais antigos e tradicionais, uma rua com muitos restaurantes de lámen, que, aliás,  não experimentamos no Japão.


Também tinha coisas esquisitas, como esse senhor com seu porco de estimação em um bar, numa ruazinha bem tradicional:


Rua em Asakusa, com um cliente inusitado
Não bastasse o porco, também encontramos esse baile de salsa, no meio da calçada:


Akihabara:

Pegamos o metrô, deixamos Asakusa para trás e fomos conhecer Akihabara, bairro dos eletrônicos, mangás e animes. Vimos muitas lojas de eletrônicos antigos, muitas moças vestidas de bonecas que pareciam estar com outras intenções por ali, além de muitos letreiros luminosos!


Também entramos numa loja gigantesca - Yadobashi - que vende desde eletrônicos modernos aos antigos. Encontrei até aparelho para tocar fita cassete!



Tsukiji:

A segunda-feira amanheceu com tempo feio e frio, depois de um domingo ensolarado e de temperatura muito agradável. Além disso, era justamente segunda-feira, quando vários museus estavam fechados... então fomos ao mercado de peixes e planejamos passear pela região de Ginza depois. Ginza tem várias lojas de grife e chiquésimas, shoppings carésimos e divide espaço com o mercado de peixes...

Começamos pela área de atacadistas, que fecha mais cedo (11 horas). É um local bem interessante e é preciso tomar cuidado com os carrinhos que não param de andar de um lado a outro. Afinal, ali não é lugar de passeio, mas de trabalho.

Muitas criaturas marinhas sendo vendidas


Atum

No meio da foto dá para ver o carrinho que eles andam pelos corredores do mercado
Ao lado tem o mercado externo, um lugar fechado onde são vendidos os peixes em pequenas porções diretamente aos consumidores. Ali aproveitamos para comprar um sashimi de salmão e morangos gigantes para a Cecília.

Mercado externo


Na região do mercado há várias ruas com banquinhas que vendem os mais variados pratos, a maioria que você olha e nem sabe do que se trata. As pessoas compram e comem ali mesmo.




Nesse dia continuamos (ou tentamos) caminhando em Ginza, mas não tinha condições de andar pela rua. Como Tóquio tem uma imensa rede de "ruas" subterrâneas, envolvendo as estações de metrô, tentamos andar por ali quando era possível. A neve, que caía desde que saímos do mercado de peixes, engrossava e a temperatura baixava bastante. Quando voltamos ao nosso hotel, as ruas estavam branquinhas! Pelo que descobrimos, não é tão comum nevar daquele jeito em Tóquio.







No dia seguinte, o sol voltou! Até o final do dia, praticamente a neve já estava derretida e tudo limpo pelas ruas... Mas os últimos dias na cidades ficam para a parte 3!

Mais sobre Tóquio:

Tóquio - Parte 1

Tóquio - parte 3
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...