sexta-feira, 28 de junho de 2019

RV para iniciantes: a nossa primeira experiência

Assim como a viagem ao Japão, em 2018, uma road trip de motorhome foi planejada e adiada várias vezes. Tínhamos receio do tamanho, do uso do banheiro/banho, de como seria dormir tantas noites dentro desse espaço limitado... Apenas tínhamos certeza de que essa viagem seria nos Estados Unidos, sem mão inglesa e com estrutura para esse tipo de viagem.



Decidimos que tinha chegado a hora e seria nessas férias (2019)! Restava escolher o roteiro. Pensamos em um lugar não tão frio no inverno, especialmente pelo medo de congelamento da água. Assim, optamos por iniciar em Las Vegas e seguir para os parques da Califórnia na parte do deserto e depois para o Arizona, um dos nossos estados preferidos nos Estados Unidos. Também optamos pelo modelo intermediário, um C25 (25 pés), com duas camas, mais espaço (inclusive nos tanques de água e esgoto) e vaso sanitário separado do chuveiro. Alugamos nossa casinha através da Motorhome Trips , que tinha preços bons, recomendação do blog Felipe, o pequeno viajante (leitura imprescindível se você estiver planejando uma viagem desse tipo) e atendimento em português. 


Chegamos em Las Vegas, dormimos num hotel perto do aeroporto e no dia seguinte (28/12/18) seguimos para a Cruise America, que fica em Henderson, ao lado de LV. Pegamos um uber (cerca de U$ 20,00) e no horário agendado (meio-dia) fomos atendidos. É recomendado ligar antes para agendar... teve gente que chegou quase junto conosco que não fez isso e iria precisar esperar até às 15 horas, quando acabariam os agendamentos feitos. 




Cerca de uma hora depois seguimos viagem! O início é estranho. É enorme para nossos padrões e bem barulhento. Nosso motorista estava tenso...

Passamos no Walmart próximo dali, fizemos muitas compras, abastecemos nosso RV com bastante comida e pegamos um conversor que havíamos comprado na Amazon. O conversor é bastante útil para carregar equipamentos, convertendo 12v em 110v, especialmente quando se faz free camping ou se utiliza uma vaga sem energia elétrica. 

A Amazon tem um sistema de lockers. A compra é feita pelo site e você escolhe em qual locker retirar. A compra lhe aguarda por três dias após a entrega. No nosso caso, chegou bem antes do previsto e o Emerson acabou precisando ligar para a Amazon nos Estados Unidos pedindo para prorrogar o tempo de retirada. No final, deu certo.


Locker da Amazon no estacionamento do Walmart



ROTEIRO:


1ª Noite: Walmart Pahrump (free camping)

Depois das compras, optamos por jantar a primeira noite no Cracker Barrel. Perguntamos se era possível dormir no estacionamento e o recepcionista concordou. Decidimos pelo primeiro free camping ali. Mais tarde, consultando aplicativos no celular, vimos que o estacionamento era do cassino e não permitiam "overnight parking". Passava das 22 horas, mas resolvemos sair. Não queríamos ter uma estreia com problemas e correr o risco de sermos abordados no meio da noite.

Dirigimos até Pahrump, caminho para o nosso destino, paramos no Walmart 24horas e perguntamos se era permitido ficar ali. Resposta positiva! Respirei com alívio e finalmente fiquei tranquila. Aproveitamos para comprar mais cobertas, porque estávamos com frio e assim sobrevivemos nossa primeira noite! Um pouco tensa no início mas que terminou bem!!!

Acordando no Walmart

Organizando as compras
Dica: Se refizéssemos o roteiro, pegaríamos o RV e seguiríamos direto para o Walmart de Parhump. É enorme, tinha mais opções de compras, é 24 horas e é permitido dormir uma noite ali.

2ª, 3ª e 4ª Noites: Death Valley National Park (Sunset Camping e Texas Springs)

Ficamos três noites, porque o parque é enorme (o maior fora do Alasca) e queríamos fazer com calma.

Chegando ao Death Valley

 A primeira noite foi no Sunset Camping. É um estacionamento gigante, com 270 vagas e acredito que nunca falte lugar. Com o shutdown americano, não estavam cobrando o acesso ao parque e nem ao camping (valor do camping é de U$ 12,00).

Sunset Camping

 No dia seguinte saímos cedo para chegar antes do sol nascer no Mesquite Flat Sand Dunes e acabamos tomando café depois do passeio no Stovepipe Wells Camping,  bem próximo das dunas. Apenas fizemos desta forma porque não estavam cobrando, mas é outra opção de camping, também com um pequeno centrinho, hotel e posto de combustível.



A segunda noite passamos no Texas Springs. Um pouco menor, mas com mais cara de camping. Fica ao lado do Sunset, ambos em Furnace Creek. Ali as vagas possuem mesa e firepits, onde fizemos nossa janta. Experiência muito boa! Foi ali também que tivemos nossa primeira experiência em dump station, que vai ganhar um capítulo ainda neste post. Não tem energia elétrica e não é permitido usar gerador.



Para o dia 31/12, havíamos reservado no primeiro dia um camping particular por U$ 18,00. Ainda não sabíamos que os outros não estavam cobrando e ali teríamos banho (importante para lavar o cabelo da Cecília) e lavanderia.

Só que nos colocaram numa vaga estranha, que não tinha número e estava em péssimo lugar para manobrar. Assim, depois do banho e de lavar todas as roupas, voltamos ao sunset e dormimos lá. Digo que tentei dormir... nessa noite ventou muito, o RV sacudia e fazia barulho em tudo. A sensação é de que levantaria voo. Foi muito desagradável, tanto que às 6:20, ainda escuro, "levantamos acampamento" e seguimos viagem.

Sobre o parque, mais detalhes aqui.

5ª noite: Walmart em Joshua Tree (free camping)

Depois de mais de 400km, chegamos ao Joshua, mas não encontramos nenhuma vaga nos campings dentro do parque para dormir. Tudo muito cheio! Seguimos para o Walmart na cidade de Joshua Tree, novamente tivemos permissão para passar a noite e ali ficamos! Assim, foi a nossa 5ª noite de RV, a quarta gratuita.

Chegando cedo no parque


Sobre o parque, mais informações neste post.


6ª noite: RV Park em Quartszite (U$ 37,00)

Seguindo em direção ao Arizona e depois de ter passado mais de 7 horas no Joshua Tree National Park, nossa 6ª noite foi num RV Park em Quartszite, depois de 2 horas de viagem. Ali abastecemos o RV com gasolina e propano, além de encher o tanque de água e esvaziar o esgoto pela segunda vez. Dessa vez tivemos energia elétrica. Ao contrário dos campings, com um astral mais legal, nesses RV parks têm muita gente que mora e é um lugar um pouco deprimente. Serve apenas para passar a noite. Na foto, dá pra ver o ponto de energia elétrica (o mais alto) e o de água. Algumas vagas também tinham esgoto.


7ª noite: Picacho Peak State Park (U$ 30,00 + U$ 5,00 da reserva pela internet)


Para a 7ª noite reservamos uma vaga no Picacho Peak State Park, a caminho de Tucson. As vagas têm energia elétrica e custam U$ 30,00. A reserva pela internet custou mais U$ 5,00 (por reserva e não por dia), mas não teria sido necessário fazer. Ainda havia muitas vagas disponíveis! Ficando no camping, não é necessário pagar os U$ 7,00 para entrar no parque. Esse camping também tem mesa e firepits, onde fizemos mais um foguinho! Esse foi apenas o primeiro camping em parque estadual do Arizona que ficamos. Todos foram excelentes, muito organizados e agradáveis. Em todos eles você recebe uma identificação para colocar no retrovisor, como esse da foto. Cada parque que ficamos tinha uma cor diferente. Ali anotam a vaga e até qual data ela será ocupada.

Chegando nesse parque cheio de cactos!

Nossa vaga. Lá no fundo, também dá para ver a gente "lagarteando", o que faz parte de uma viagem deste tipo

Em breve sairia salsicha assada no fogo para um hot dog


Anoitecendo no camping...
8ª noite:Gilbert Ray Camping (U$ 20,00)



Esse camping fica bem próximo do Saguaro National Park (lado oeste), menos de 5 quilômetros de distância do Arizona-Sonora Desert Museum e tem energia elétrica. Ótimo custo-benefício! Quando chegamos, foi só encontrar a vaga, preencher o envelope que tem na portaria, colocar o valor dentro, destacando uma parte e colocando-a na entrada da vaga. Nessa época não tinha ninguém no escritório do camping. Também fizemos nosso 3º dumping e enchemos o tanque de água.

Para saber mais sobre nossos passeios em Tucson, leia aqui e aqui.




9ª noite: Walmart em Tucson (free camping)

Ficamos pela 3ª vez em uma Walmart, junto com vários outros RVs.

10ª noite: Kartchners Caverns State Park (U$ 30,00)

Depois de passearmos nas lojas de Tucson, com tempo emburrado e chuvoso, seguimos para o Kartchners Caverns S.P., onde dormimos no camping, que fica bem pertinho do acesso às cavernas. As vagas possuem energia elétrica e água. O banheiro é ótimo, aquecido e com água bem quentinha. O camp host (uma espécie de zelador) foi muito atencioso. Chegamos sem reserva, escolhemos a vaga, conversarmos com ele e fomos até a entrada das cavernas para fazer o pagamento.

Neste post, têm mais informações sobre a Kartchners Caverns S.P.

11ª noite: Well Cargo RV Park Tombstone (U$ 36,00)

O RV Park fica no centro da cidade e tem fácil acesso à rua principal. O lugar é meio deprimente, mas tinha lavanderia (questão urgente para resolver!) e a localização era ótima.

RV Park em Tombstone


Para conhecer um pouco sobre Tombstone, leia aqui.

12ª noite: Camping em Clifton (U$ 15,00 com energia elétrica)

Nesse dia pretendíamos seguir mais adiante, mas, quando paramos para abastecer no posto da cidade, um senhor nos abordou e disse que a estrada era perigosa, devido ao gelo. Como estava tarde, quase 16 horas (o que no inverno já é tarde), resolvemos ficar no camping da cidade. Ele fica ao lado do rio e é um lugar bem agradável (e barato!).

Paisagem no camping de Clifton

13ª noite: Homolovi State Park - Winslow (U$ 20,00)

Depois de viajarmos por várias horas, mesmo sabendo do risco, ele se concretizou: encontramos o Petrified National Park fechado. Esta foi a primeira (e única) vez que o shutdown nos atrapalhou de forma mais efetiva. Então, seguimos para o Homolovi State Park e dormimos em mais um camping estadual do Arizona.

Portões fechados: neste dia, a Cecília nem tinha tirado o pijama!


Camping no Homolovi S.P.

14ª, 15ª e 16ª noites: Dead Horse Ranch State Park (U$ 30,00 por noite)

Como todos os outros parques estaduais do Arizona, esse também era ótimo! Camping agradável, com água e energia elétrica na vaga, além de um banheiro bem limpo, aquecido e com ótimo chuveiro.



Sobre Sedona, leia aqui.

17ª noite: Sunrise RV Park - Kingman (U$ 40,00)

Típico RV Park, com vários moradores. Resolvemos que seria a última noite com o motorhome, para termos mais tempo para nos organizarmos e devolvermos o RV na Cruise America. Como a devolução deve ocorrer até às 11 horas da manhã e no mesmo dia previsto para devolvermos o RV iríamos pegar um voo bem tarde da noite para NY, acabaríamos ficando o dia inteiro "na rua", com as malas e sem banho. Então devolvemos na tarde do dia anterior ao previsto e dormimos num hotel.

QUANTO CUSTA?

O valor de locação para 18 noites com 1.000 milhas, seguro e taxas custou U$880,00 (o aluguel diário era de U$ 28,00!) . Acabamos fazendo 2.223 milhas e pagamos o excedente na devolução (U$0,35 por milha, ou seja, aproximadamente U$ 428,00).
Há diferença de preço de locação dependendo da época do ano e também do local da retirada.
O RV também consome bem mais gasolina do que um carro comum. No total, gastamos U$ 705,00 com combustível e U$ 47,00 com propano. Em relação ao propano, certamente o maior gasto foi com o aquecimento do RV, já que era inverno e usávamos diariamente o aquecimento.
Resumo: 18 dias de locação (28/12/2018 a 15/01/2019)
                2.223 milhas
                U$ 2.060,00 (locação, milhas extras, gasolina e propano)
                U$ 346,00 (valor total gasto em camping/RV park)
Total:      U$ 2.406 - U$ 133,66 por dia (incluindo locação, milhas, gasolina, propano e camping)

Dica: fazendo um cálculo superficial, estimo que gastamos U$ 0,75 por milha, considerando combustível e valor pago por milha. Assim, dá para economizar bastante reduzindo um pouco o trajeto.

REFEIÇÕES

Como o RV tem uma geladeira com freezer de tamanho razoável, além de fogão e micro-ondas, fizemos a maioria das refeições ali mesmo. Sempre fazíamos um bom café da manhã (omelete, sanduíche, iogurte, bolos, tortas, café, chá, sucos) e uma janta cedo. Teve massa com salsicha, tortilhas de carne moída, frango grelhado, saladas, camarão, cachorro quente, além de espetinhos de carne quando fazíamos uma fogueira nos parques. A opção de comprar comida no walmart e cozinhar acaba deixando a viagem bem mais econômica.
Fazendo as contas da nossa viagem, agora tenho certeza que acabou sendo mais econômica do que alugar um carro e ficar em hotéis. Embora a gente não tenha feito essa viagem pela economia, mas sim pela experiência, o nosso custo com alimentação certamente ficou menos de 1/3 do que gastaríamos se estivéssemos de carro e sempre fizéssemos as refeições em restaurante.

Preparando a janta regada a vinho californiano no Texas Springs - Death Valley

Tomando café em algum lugar do caminho

BANHO

O banho é razoável. A água é bem quente, mas para não gastar muito precisa ter pouca pressão e ser rápido. Dessa forma, a água durava dois dias para três pessoas. Se fizéssemos um dump diário, o banho poderia ser mais demorado, mas mesmo assim seria necessário esquentar a água mais de uma vez, já que antes do banho é preciso ligar o aquecimento a gás da água por cerca de 30 minutos. Essa água quente é suficiente para três banhos rápidos, pelo menos no inverno.

DORMIR

As camas são espaçosas e confortáveis. Numa noite muito fria e sem energia elétrica, dormimos os três na mesma cama e colocamos todas as cobertas disponíveis. Para esquentar, utiliza-se a calefação, que funciona com propano. Entretanto, ela utiliza a bateria 12v ou energia elétrica para ventilação. Quando o RV não estiver conectado à energia, tem uma recomendação de não deixar ligado por mais de duas horas consecutivas. Assim, ligávamos e desligávamos a calefação, até porque se deixar sempre ligado transforma o RV numa sauna! Quando o RV estava ligado na energia, ajustávamos o termostato da calefação numa temperatura amena e deixávamos a noite inteira ligado, sem preocupação. Para viagens no verão, é bom lembrar que o ar condicionado funciona apenas com gerador ligado (bem barulhento) ou conexão na energia elétrica. Além disso, como optamos por não alugar os Kits pessoais (U$ 55,00 por pessoa), compramos toalhas, travesseiros, cobertores e sacos de dormir. Os cobertores (os melhores) e os sacos de dormir trouxemos de volta na mala, depois de aspirarmos.

Cecília descansando na cama de casal

Cama da Cecília: só dá pra ver um pedacinho do cabelo

UTILIZANDO A DUMP STATION

Em todos os campings e RV Parks que ficamos havia dump station. Também tem dump station em outros locais, onde é necessário pagar para seu uso, o que é útil se forem feitas muitas noites em free camping.
Pode ser um pouco assustador no início, mas o uso é muito simples e bem higiênico. Acabamos levando luvas para fazer "o serviço" e foi bastante útil. Nos pontos de dump station, tem a água potável para encher o tanque de água (embora não seja recomendado beber ou utilizar na comida) e a água não potável, apenas para lavar o cano.
Dentro do motorhome tem um sensor que mostra o nível de água limpa, do reservatório de água utilizada no banho e pia (gray water) e no vaso sanitário (black water). O mesmo sensor também mostra o nível do propano. Ali é fácil controlar a necessidade de utilizar a dump station. A gente procurava fazer a cada dois dias ou antes, se sabíamos que haveria a possibilidade de fazermos free camping.

Na primeira imagem, o Emerson aparece enchendo o tanque de água potável, que é utilizada para o banho, pia e vaso sanitário.


Na próxima imagem, o Emerson estava esvaziando os tanques de gray e black water. Depois de colocar o cano e encaixá-lo no esgoto (no chão), é só abrir o reservatório da água do vaso (black) e depois da água do chuveiro (gray), que acaba limpando o cano. Finalizada essa parte, tem a água não potável disponível para dar a última higienizada no cano antes de ser guardado. Simples e rápido.



VANTAGENS E DESVANTAGENS

Certamente a maior desvantagem é o tamanho. Para dirigir, é bem diferente de um carro: sacode mais e faz mais barulho. Mesmo com esse tamanho, é necessária apenas a CNH categoria B que utilizamos no Brasil para dirigir carro.

É um estilo diferente de viagem, com menos conforto que um hotel, mas com muito mais mobilidade! É muito fácil de cada dia estar em um lugar diferente, sem fazer/desfazer malas. Quando a viagem está cansativa, é só parar e tomar um café, descansar ou fazer uma refeição. Uma comodidade é ter seu próprio banheiro, o que foi ainda mais importante, porque, nos parques nacionais, devido ao shutdown, a maioria deles estava fechado e muitas filas se formavam naqueles que estavam funcionando.

Revendo nossa viagem, penso que poderíamos ter dirigido menos e ficado mais tempo nos lugares. Inclusive, teria sido mais econômico. É um meio de viagem para visitar cidades menores, parques nacionais e estaduais, estar em contato com a natureza. Melhor evitar grandes cidades ou pelo menos não considerar elas o foco da viagem.

Uma coisa temos certeza: essa foi apenas a nossa primeira roadtrip de motorhome! Vamos repetir a experiência!!!

terça-feira, 18 de junho de 2019

De volta ao Grand Canyon e a Williams

A previsão indicava sol, então seguimos para o Grand Canyon. Acordamos cedo e planejamos o café da manhã para o caminho. Saímos de uma altitude de 1.000 metros para mais de 2.500 metros, então a neve começou a aparecer.



Já antes de Flagstaff, o tempo foi fechando e acabou ficando nublado. Embora desse para perceber que a neve era recente, a pista estava bem limpa, com máquinas limpando a estrada.
Entramos pela 'Desert view', que não tinha vista alguma, só neblina!




Muita neve...

... e muito frio!
Seguimos em frente (são 25 milhas de estrada dentro do parque) e os mirantes mais próximos do Mather Point estavam com visibilidade, apesar do dia nublado.

Mather Point


Dá para ver o Rio Colorado dando a dimensão do canyon


Como estivemos no Grand Canyon em 2013, num dia de sol, foi inevitável a comparação. A luz do sol deixa tudo mais bonito.

Nesse post de 2013, dá pra ver a diferença e ali conto nosso passeio bem mais detalhado.


Mesmo assim, a grandiosidade desse lugar impressiona!


Apesar do shutdown, o parque estava aberto. Como é o principal ponto turístico do Arizona, o Estado resolveu bancar a abertura do parque, fazendo a limpeza das estradas e dos banheiros, embora não fizessem a cobrança para entrada no parque.









Depois de visitarmos o Grand Canyon, descemos pela estrada que leva a Williams, uma cidade que vive da Rota 66. São vários comércios e lanchonetes inspirados na lendária estrada que passa por ali.


Um pouco mais de Williams e da Rota 66, no caminho entre Flagstaff e Las Vegas, eu conto aqui!

Sedona: uma cidade incrível do Arizona

Depois de seis anos, retornamos a Sedona. Havíamos gostado muito da cidade em 2013, mas naquela ocasião passamos apenas uma noite.
Então optamos por retornar! Descendo de Flagstaff a Sedona pela estrada 89A, que é lindíssima, paramos no Slide Rock State Park (entrada U$10,00), que ainda não tínhamos visitado.


Sedona é famosa por suas "red rocks" e nesse parque elas também aparecem. Entretanto, o ponto principal é o riacho, que enche de gente no verão, fazendo das pedras do rio um escorregador (o que dá nome ao parque).




No nosso segundo dia na cidade, ao contrário do que previa o tempo no Weather Channel, o sol apareceu! Nosso camping ficava 30 minutos do centro de Sedona e começamos nosso dia passeando no centro.

Caminho do camping até a cidade de Sedona - já era um passeio

Têm vários estacionamentos públicos e gratuitos e alguns aceitam RV. Estacionamos numa vaga ao lado do Visitor Center. Fomos cedo para conseguir lugar, até deixamos para tomar café da manhã no estacionamento, mas mesmo de tarde, quando saímos, ainda tinham vagas disponíveis.

Lindo centro de Sedona, cheio de lojas e cafés











A temperatura estava muito agradável e caminhamos por todo o comércio do centro. Sedona é bem arrumadinha, com lojas bonitas e algumas galerias de arte. Terminamos nosso passeio no Starbucks, com uma bela vista para as montanhas!























Depois seguimos para a Bell Rock. Como estava acontecendo o shutdown, nos informaram no visitor center que não estavam vendendo o passe (Red Rock Pass), que seria necessário para estacionar nessa área. São várias trilhas para escolher, mas fizemos apenas a que vai até a Bell Rock, O caminho é muito bonito e a trilha é bem fácil, pode ser feita a pé, de bicicleta ou a cavalo.




A quantidade de trilhas disponíveis e de várias dificuldades em Sedona é impressionante. As possibilidades de fotos nelas são enormes e o trekking acaba sendo uma mistura de passeio com esporte.




Mais sobre Sedona na nossa viagem pelo Arizona em 2013, aqui e aqui.

sábado, 8 de junho de 2019

Tombstone: viajando pelo velho oeste


Chegamos em Tombstone às 15:30. Resolvemos ficar num RV Park bem no centro da cidade para facilitar nosso passeio, mesmo não sendo um lugar muito aprazível. Para quem programar conhecer a cidade, no entanto, é importante saber que é estranho falar em "centro" quando se trata de Tombstone: são 3 ruas em paralelo, umas 6 ou 7 transversais, e é isso. Há um bom RV Park a 2 Km do "centro", mas optamos por ficar perto de tudo. O importante era não precisar se deslocar e ter lavanderia, já que estávamos ficando sem roupa limpa para usar.



A cidade tem uma rua principal de chão batido, onde não tem trânsito de veículos, apenas uma diligência vermelha para turistas. Passeamos nessa rua e fomos jantar no Big Nose Kate, que tem uma temática bem apropriada ao lugar e é original da época. Parece que voltamos no tempo!

Interior do Big Nose Kate
O que hoje é o saloon Big Nose Kate na verdade se chamava Grand Hotel e foi onde os irmãos McLaury passaram a noite antes do duelo no OK Corral. A Big Nose Kate era uma "moça de vida fácil" de origem húngara que namorava o Doc Holiday, amigo do Wyatt Earp.

O fórum da cidade, atualmente um museu
 A cidade ficou famosa no cinema pelos duelos que ali aconteceram. Foi no O.K. Corral que ocorreu um dos mais famosos tiroteios do velho oeste, envolvendo Wyatt Earp, seus irmãos e Doc  Holiday (os homens da lei), em 26/10/1881. Diariamente ali é encenado um duelo e antes disso os personagens passeiam pela rua principal.

O famoso O.K.Corral


Rua principal de Tombstone

Passeio pela cidade antes do duelo encenado no O.K. Corral
Uma parte da história da cidade, de Wyatt Earp e do famoso duelo ocorrido no O.K. Corral estão retratados no filme "Tombstone". Esse é o grande diferencial de Tombstone e que faz valer a visita: existem muitas cidades cenográficas que podem ser visitadas e que podem ser identificadas em vários filmes, como em Tucson, por exemplo, sem falar em estúdios mesmo de cinema e áreas como a Old Town de San Diego. Ali em Tombstone as coisas realmente aconteceram e os prédios são os originais. Óbvio que hoje se explora isso comercialmente: atores recriam diariamente os duelos no OK Corral e andam pela rua durante a tarde. Mas os prédios são os mesmos da história que já virou lenda em vários filmes. Abaixo, os mais conhecidos.


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