sábado, 28 de setembro de 2019

Füssen e seu Castelo de Conto de Fadas

Reservamos um dos dias em que ficamos em Munique para visitarmos Füssen (20/07/2019). São duas horas de trem entre as duas cidades. Novamente compramos o Bayern Pass (25 euros + 7 cada adulto; criança até 14 anos não paga), que vale para todo o dia. Utilizamos o passe para a viagem de ida e volta e também para o ônibus que sai da estação de trem de Fussen até bem próximo ao acesso para o castelo (ônibus nº 78 - só seguir o fluxo). A área dos castelos fica cerca de 5 km da cidade de Füssen e não tem sentido em fazer a pé. Se não tiver o passe, o trecho custa 2,40 euros.

Chegando na parada do castelo, é só seguir a pé um pouco a frente, onde tem o local de venda de tickets. Chegamos às 12:30 e estavam vendendo entrada para às 17 horas!

Andando mais um pouco tem a parada do ônibus que leva ao castelo (2,50 ida; 3,00 ida/volta). É altamente recomendado utilizar o ônibus para subir ao Castelo Neuschwanstein, porque o morro é bem íngreme e a caminhada depois que descer do ônibus é grande. Acabamos comprando o ticket apenas para subir, já que para descer a pé é mais fácil e é um bom passeio!

Vista do castelo Neuschwanstein da Marienbrucke

Disputando um lugar na ponte para ver o castelo
Ponte Marienbrucke

A parada do ônibus fica ao lado da Marienbrucke, a ponte que tem a linda vista do castelo, de onde se fazem as tradicionais fotos da lateral do Neuschwanstein. Ali já havia uma enorme fila para entrar na ponte, que também estava lotada.

Depois da ponte, tem mais uma caminhada até o castelo. Para pegar o ônibus para descer, é necessário voltar até a parada que fica na ponte (morro acima).

Nossa ideia era apenas ver o castelo por fora, especialmente depois de descobrirmos que estavam vendendo as entradas para tão tarde! Descemos o morro a pé, o que dá cerca de 30 minutos de caminhada. Têm lojas, restaurantes e lanchonetes pelo caminho. Ali também tem o acesso ao castelo Hohenschwangau. Dá para chegar fácil a pé neste castelo a partir da parada do ônibus de/para  Füssen.


Castelo Hohenschwangau

Andando mais um pouco chegamos no Alpsee, um lago bem próximo ao castelo Hohenschwangau. Têm barcos para passear e também tem gente tomando banho no lago. Com o calor que fazia, era praticamente impossível remar embaixo do sol! A vontade mesmo era de entrar no lago!!



Pegamos o ônibus de volta a Füssen. Da fila do ônibus é possível avistar o castelo em cima do morro.

Vista da fila do ônibus
O centro de Füssen é lindo e fica bem próximo da estação de trem. Fomos passear no centro e almoçamos num restaurante italiano bem bom.



Às 18:05 pegamos o trem de volta a Munique. É bem fácil fazer esse passeio de trem, mas se a intenção for entrar no castelo é melhor pegar um trem mais cedo e comprar as entradas pela internet!

sexta-feira, 20 de setembro de 2019

Dachau: visita a um campo de concentração da Alemanha


Na nossa primeira tarde em Munique, resolvemos visitar Dachau. Este campo de concentração, hoje memorial, é de fácil acesso para quem está na cidade e é bem simples de chegar utilizando o transporte público. Compramos o passe XXL, que custa 16,10 euros e pode ser utilizado por até cinco adultos (2 crianças valem por 1 adulto) durante um dia. Esse passe abrange a região onde se situa Dachau.

O mesmo passe também é válido para o ônibus que sai da estação de trem e leva até a porta do Campo de Concentração. É só descer do trem, seguir as placas de "bus" e pegar o ônibus 726. A parada deste ônibus está muito bem sinalizada, não tem como errar! Aliás, é totalmente recomendável pegar o ônibus, porque é longa a caminhada até a entrada do campo e já se caminha muito durante a visita.


Como todo campo de concentração, o acesso é gratuito. Na entrada têm banheiros, uma lancheria, loja e um lugar para alugar áudio-guia, inclusive em português, pelo valor de 4 euros.

Mais uma pequena caminhada e chegamos no portão de ferro com a inscrição "arbeit macht frei", ou seja, "o trabalho liberta" (foto acima), que foi colocada na entrada de vários campos de concentração.

A visita inicia pelo museu, antigo prédio da administração do campo, que tem vários painéis ilustrando e contando a história desde o fim da 1ª Guerra Mundial até a libertação dos prisioneiros pelos americanos. 

A primeira sala da visita mostra o local onde eram recolhidos os pertences dos prisioneiros (foto abaixo).



Outra sala era o local onde os prisioneiros tomavam banho. Na foto abaixo, dá para ver o lugar como é atualmente, além de uma fotografia da época, com os chuveiros no teto.



O museu é enorme! Levamos mais de duas horas para visitá-lo e tivemos que apurar a visita no final, em razão do horário. 

Mapa mostrando a origem dos prisioneiros por país e por ano, num total de mais de 200.000 pessoas

Parte externa do museu
Depois da visita ao museu, seguimos para os alojamentos. Dois deles foram reconstruídos, sendo que em relação aos demais restou apenas a fundação. O campo foi ampliado pelos próprios prisioneiros, com capacidade para 6.000. Por lá, passaram mais de 200.000 prisioneiros de 1933 a 1945, sendo que o número foi bem maior nos anos finais, conforme ilustra o painel da fotografia anterior.


Alojamentos


O banheiro era coletivo

Dachau foi o primeiro campo de concentração e servia de modelo para os demais. Foi o único que durou todo o período. Não era um campo de extermínio (como foi Birkenau), mas foi grande o número de prisioneiros mortos, seja pelas precárias condições em que viviam ou porque foram de fato mortos.

Fundações dos alojamentos e, ao fundo, um dos alojamentos reconstruídos
Separado do alojamento, está o crematório antigo, onde 11.000 pessoas foram queimadas. Posteriormente, foi construído um prédio maior, com salas para estocar corpos, um novo crematório (com ganchos no teto para enforcamento), além de uma câmara de gás (embora não existam registros de mortes em massa nesta câmara).

Crematório mais novo, com os ganchos no teto para enforcamento
Na entrada da câmara de gás há a inscrição "brausebad". Ali (no local da fotografia) era a sala onde as pessoas tiravam a roupa para entrarem na "brausebad" e "irem tomar banho".


Crematório antigo, onde foram queimadas 11.000 pessoas


Cercas para impedir a fuga dos prisioneiros


Famosa escultura (em reforma) que fica na frente do museu

Essa é a principal mensagem que podemos levar da visita
É importante reservar no mínimo 3 horas para a visita. Ficamos lá quase 4 horas e apuramos a visita no museu, porque o memorial fecha às 17 horas.

Também utilizamos o ônibus para voltar à estação e lá pegamos o trem diretamente para o centro de Munique.

Nesta viagem, a Cecília faltou uma semana de aula pela primeira vez, mas torço que ela leve para sua vida outros conhecimentos... Espero que a possibilidade de estar presente aonde a história aconteceu e ver o mundo com os próprios olhos seja seu grande aprendizado, inclusive para fazer cumprir a mensagem que levamos dessa visita: "Never again".





quarta-feira, 18 de setembro de 2019

Wurzburg e Bamberg

Nosso planejamento era sair de Rothenburg e ir para Bamberg, onde havíamos reservado nosso hotel para a próxima noite. Compramos o ticket da Bavária para 1 dia de uso ilimitado nos trens regionais. O valor é de 32 euros para duas pessoas e criança até 14 anos viaja de graça.

Como nossa conexão era em Wurzburb (cidade que começa - ou termina -  a rota romântica), resolvemos conhecer a cidade, que fica bem próxima da estação. Colocamos as malas no locker da estação, perguntamos se poderíamos usar o ticket no transporte público (e a resposta foi afirmativa) e pegamos um tram para o centro.

Cecília na Alle Mainbrucke

Descemos próximo da Catedral e fomos até a Alle Mainbrucke, uma ponte de pedra cheia de flores e com uma bela vista da Festung Marienberg, uma fortaleza que começou a ser construída em 1.201 pelos príncipes-bispos, que governaram a cidade até 1.719.

A fortaleza vista da ponte

Ponta vista da margem do rio Meno
Passeamos mais um pouco pelas ruas da cidade, fomos até o Residenz (mas não entramos) e ao Hofgarten, jardim que fica ao lado.

Marienkapelle


Residenz, visto do jardim
Voltamos à estação e pegamos o trem para Bamberg (55 minutos de viagem). Largamos as malas no hotel e fomos ao centro histórico. Já aviso: a cidade é lindíssima!!!


Rothenburg é linda e encantadora, mas praticamente feita para turistas. Bamberg tem um centro histórico lindo e grande, cruzado por dois rios e é cheia de vida! Muitas mesas ao ar livre, com bastante gente curtindo o lugar, porém sem estar lotado.

Klein Venedig: chamada de pequena Veneza, possui várias casinhas na margem do rio.

Várias pontes repletas de flores

Nossa programação foi basicamente caminhar pelas ruas! Depois escolhemos uma cervejaria de 1533 para fazermos nossa refeição do dia. A Klosterbräu (a cervejaria) foi iniciada pelos monges e é a mais antiga da cidade. Ali experimentamos a Rauchbier, a famosa cerveja com malte defumado.

Altes Rathaus, de 1462, uma das imagens mais famosas da cidade

As quatro torres da Catedral de Bamberg, fundada em 1004 por Henrique II - a aparência atual é do século 13.


Fachada da cervejaria incorporada no centro histórico


Enfim, recomendo muito a visita a Bamberg! De Nuremberg é possível fazer um bate-volta em menos de uma hora. De Munique, são menos de duas horas de trem.

Período: 17 a 18/07/2019.
Hospedagem: Hotel Andres (100 euros). O hotel fica próximo da estação e dá para ir a pé até o centro histórico. Gostamos do quarto e possui um ótimo café da manhã incluído. Tem estacionamento para quem está de carro.
Transporte: Vindos de Rothenburg, utilizamos o passe de um dia da Bavária, que dá pra comprar tanto nas máquinas das estações quanto pelo aplicativo da DB pelo celular. O valor por pessoa é de 25 euros e a cada pessoa que se acrescenta, com limite total de 5 pessoas, adicionam-se 7 euros. Criança até 14 anos não paga, desde que acompanhada de um adulto.
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