Na nossa primeira tarde em Munique, resolvemos visitar Dachau. Este campo de concentração, hoje memorial, é de fácil acesso para quem está na cidade e é bem simples de chegar utilizando o transporte público. Compramos o passe XXL, que custa 16,10 euros e pode ser utilizado por até cinco adultos (2 crianças valem por 1 adulto) durante um dia. Esse passe abrange a região onde se situa Dachau.
O mesmo passe também é válido para o ônibus que sai da estação de trem e leva até a porta do Campo de Concentração. É só descer do trem, seguir as placas de "bus" e pegar o ônibus 726. A parada deste ônibus está muito bem sinalizada, não tem como errar! Aliás, é totalmente recomendável pegar o ônibus, porque é longa a caminhada até a entrada do campo e já se caminha muito durante a visita.
Como todo campo de concentração, o acesso é gratuito. Na entrada têm banheiros, uma lancheria, loja e um lugar para alugar áudio-guia, inclusive em português, pelo valor de 4 euros.
Mais uma pequena caminhada e chegamos no portão de ferro com a inscrição "arbeit macht frei", ou seja, "o trabalho liberta" (foto acima), que foi colocada na entrada de vários campos de concentração.
A visita inicia pelo museu, antigo prédio da administração do campo, que tem vários painéis ilustrando e contando a história desde o fim da 1ª Guerra Mundial até a libertação dos prisioneiros pelos americanos.
A primeira sala da visita mostra o local onde eram recolhidos os pertences dos prisioneiros (foto abaixo).
Outra sala era o local onde os prisioneiros tomavam banho. Na foto abaixo, dá para ver o lugar como é atualmente, além de uma fotografia da época, com os chuveiros no teto.
O museu é enorme! Levamos mais de duas horas para visitá-lo e tivemos que apurar a visita no final, em razão do horário.
Mapa mostrando a origem dos prisioneiros por país e por ano, num total de mais de 200.000 pessoas |
Parte externa do museu |
Alojamentos |
O banheiro era coletivo |
Dachau foi o primeiro campo de concentração e servia de modelo para os demais. Foi o único que durou todo o período. Não era um campo de extermínio (como foi Birkenau), mas foi grande o número de prisioneiros mortos, seja pelas precárias condições em que viviam ou porque foram de fato mortos.
Fundações dos alojamentos e, ao fundo, um dos alojamentos reconstruídos |
Crematório mais novo, com os ganchos no teto para enforcamento |
Crematório antigo, onde foram queimadas 11.000 pessoas |
Cercas para impedir a fuga dos prisioneiros |
Famosa escultura (em reforma) que fica na frente do museu |
Essa é a principal mensagem que podemos levar da visita |
Também utilizamos o ônibus para voltar à estação e lá pegamos o trem diretamente para o centro de Munique.
Nesta viagem, a Cecília faltou uma semana de aula pela primeira vez, mas torço que ela leve para sua vida outros conhecimentos... Espero que a possibilidade de estar presente aonde a história aconteceu e ver o mundo com os próprios olhos seja seu grande aprendizado, inclusive para fazer cumprir a mensagem que levamos dessa visita: "Never again".
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