sábado, 30 de março de 2019

Mission San Xavier del Bac & Pima Air and Space Museum - Tucson II

Começamos nosso segundo dia em Tucson visitando uma missão jesuíta, a Mission San Xavier del Bac. Fica um pouco afastada da área mais central da cidade, mas o acesso é rápido pela estrada.


O local onde fica a igreja é terra indígena e há vários índios no entorno vendendo comida. Chegamos na hora em que estava ocorrendo a missa de um velório de um membro da comunidade. Óbvio que, por respeito, não fotografamos.


A parte interna da igreja é pequena e praticamente tinham apenas índios ou turistas. Numa das laterais, fora da igreja, tem uma lojinha administrada pelos índios, que vende souvenir.


Na parte externa, é possível ver o centro de Tucson, aos pés da montanha.


Na parte da frente da igreja, tem um estacionamento bem espaçoso, com lugar específico para RV.


Índios vendendo comida na parte externa da igreja
Depois fomos ao Pima Air & Space Museum (U$ 16,50/adulto; U$ 10,00 criança). Já fomos em alguns museus de aviões, mas esse é realmente enorme! Na minha opinião, foi o melhor de todos!! Ao lado, há um enorme cemitério de aviões. O local é propício para isso em função da baixíssima umidade, que preserva aviões e suas partes, que eventualmente podem ser usadas.

A entrada é pela lojinha e tem até peças de avião para quem quiser desembolsar vários dólares e levar alguma delas pra casa.

Quase tudo bem caro...
 São vários hangares com aviões, a maior parte de guerra. Na área externa, também têm muitos helicópteros, aviões de guerra, aviões comerciais, incluindo um dos protótipos do Boeing 787, que chegou a ser pintado para voar na All Nippon Airways (ANA), além de vários aviões presidenciais dos Estados Unidos. É possível ficar bem perto dos aviões, já que praticamente todos possuem livre acesso (só não dá para entrar). Também têm vários voluntários para falar sobre os aviões, tirar dúvidas e bater fotografia! Para aproveitar bem a parte externa, que é gigante, melhor não ir com chuva. Na área externa, as aeronaves estão didaticamente divididas por época e função. Por exemplo, caças MIG-15 ficam ao lado dos F-86 Sabre, inimigos de uma mesma época, no caso, a Guerra da Coreia. 


Um dos aviões (senão "O avião") mais incríveis já fabricados: o SR-71 Blackbird. Atingia velocidades de até MACH 3,3 e teto de 85.000 pés de altitude, ambos impensáveis para aeronaves "normais". Clique Aqui para vídeo curto em português contando detalhes dessa aeronave. Vale muito a pena assistir. 


Uma das aeronaves mais bonitas do museu: um Phantom F-4, importantíssimo na guerra fria, com a pintura dos Thunderbirds (não confundir com os Blue Angels, que voam com F-18 Hornet). Atualmente os Thunderbirds voam F-16. 


F-14 Tomcat. Para as quarentonas que viam sessão da tarde, o avião do Maverick (Tom Cruise) no Top Gun. 



À esquerda um MIG-29 "Fulcrum", feito para responder ao F-15. Nele se baseou o filme "Raposa da Fogo" com Clint Eastwood. Avião que impôs mais medo do que estrago: quando desenvolvido, a União Soviética estava em seu final e tecnologicamente não fez frente aos rivais. 

B-52 Stratofortress, em operação desde a Guerra do Vietnã, com estimativa de se manter na ativa até 2040 em suas versões modernizadas, de tão espetacular que foi seu projeto. Uma das principais armas de dissuasão nuclear na época da guerra fria contra o comunismo. 

Aviões presidenciais dos Estados Unidos

C-97 "Super Guppie". Costumava transportar pedaços dos foguetes das missões Apollo, que levaram o homem à lua. 

Boeing 787 experimental, que foi doado ao museu. A melhor parte do museu é poder tocar nos aviões, dando um senso de tamanho e profundidade que muitas vezes não temos ao embarcar nos fingers dos aeroportos. 

B-29 "Superfortress". Bombardeiro que, entre outras missões, participou dos ataques nucleares ao Japão. Para ver sobre Hiroshima e o museu, clique AQUI . 

E para quem segue o "Aviões e Músicas", do Lito, saudações aeronáuticas da Cecília:


Depois de vários dias de parque, aproveitando a natureza, é bom intercalar uns programas mais urbanos. Neste dia, ainda jantamos no Olive Garden (nossa terceira refeição fora do RV em 9 dias) e passamos algumas horas na Barnes & Noble.

Mais sobre Tucson, aqui.

*Post com colaboração especial do Emerson, especialmente nas legendas dos aviões.

Saguaro National Park & Arizona-Sonora Desert Museum - Tucson I

Embora tenha sido nossa terceira passagem pelo Arizona, foi a primeira vez que fomos mais ao sul do Estado e conhecemos Tucson. Começamos pelo Saguaro National Park, o terceiro parque nacional da nossa viagem. Pela conveniência do roteiro, escolhemos a parte oeste do parque. 


Olhando o mapa, percebe-se que a cidade de Tucson fica bem no meio dos dois lados do parque. Esse parque é bem menor e fizemos o lado oeste em metade de um dia.


Fizemos três trilhas curtas e também um circuito de 8km de estrada de chão (com a nossa casa chacoalhando toda!), de onde saíram duas dessas trilhas. A melhor das trilhas foi a Valley View Overlook Trail, com a linda vista de um imenso jardim de cactos.

Começando a Valley View Overlook Trail

Imenso jardim de cactos, vista do final da Valley View Overlook Trail
 Já havíamos visto muitos saguaros em Phoenix, na nossa primeira viagem pelo Arizona, mas continuo achando eles impressionantes, devido ao seu tamanho! Embora o parque se chame "Saguaro", há várias outras espécies de cactos.

No parque também se encontram esses registros de populações nativas chamadas de "Hohokam" nas pedras. Não se sabe ao certo se datam de centenas ou até um milhar de anos atrás. 


Depois da visita ao parque, fomos ao Arizona-Sonora Desert Museum, que fica bem pertinho do Saguaro N.P (West) e no caminho para o camping que ficaríamos nessa noite. Há uma exposição organizada de jardins (muitos cactos) e um zoológico com as espécies de animais da região. Havia muita gente visitando esse museu, que é uma das principais atrações da cidade pelo Tripadvisor.

Cecília mostrando a concha fossilizada, o que comprova que toda essa área ao sul dos EUA era, em tempos pré-históricos, o fundo de um grande oceano. 
 No parque, há uma área específica para estacionamento de RV e ônibus. Dessa vez, foi bom estar na nossa casa gigante, já que esse estacionamento estava praticamente vazio e o restante com poucas vagas!

Voltando pra casa, depois da visita ao museu
Como a gente já conhece muito bem o Arizona e o sudoeste dos EUA, achei esse museu um pouco caro pelo que oferece (U$ 20,95/adulto; U$ 8,95 até 12 anos), embora seja muito organizado e bonito. Como introdução à região toda, ele pode ser bem útil, pois explica desde as formações geológicas do Arizona até a fauna e flora hoje encontradas. Ele é ao ar livre, então fica complicada a visita com chuva.

Bem pertinho também tem o Old Tucson Studios, onde muitos filmes de faroeste são rodados. Teríamos visitado, caso Tombstone (cenário também, mas histórico, legítimo) não estivesse no nosso roteiro.

Mais um pouco da nossa visita a Tucson, aqui.
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