terça-feira, 31 de janeiro de 2017

Zion National Park: chegando ao parque pela linda estrada da entrada leste!

29-1-2017

Seja vindo do Bryce Canyon ou de Kanab, o acesso ao Zion se dará pelo leste, através da estrada Zion - Mount Carmel Highway. Caso a chegada seja por Las Vegas, por exemplo, o acesso será através do sul. São duas guaritas para entrar no parque, uma ao leste e outra ao sul. Quando passamos pela entrada leste, a guarita estava fechada. Entretanto, já nesse ponto, cerca de 20 Km antes do parque, já há cobrança da entrada de U$ 30,00, que também vale por 7 dias como os demais parques nacionais. Se você visitar vários parques nacionais, pode ser vantajoso comprar o passe anual.



 Passando por essa placa já começa o passeio, com uma estrada maravilhosa! Acho que demoramos quase uma hora para fazer esse percurso, tanto pelas lindas paisagens, quanto pela necessidade de manter uma velocidade baixa, já que a estrada é muito sinuosa. Mesmo que a chegada seja pelo sul, não há como deixar o Zion sem percorrer essa estrada.



As montanhas são enormes e a gente vai contornando elas ou até mesmo passando no meio. Havia bastante neve, além da água que formava estalactites nos morros.

Muitas dessas estalactites pelo caminho


E apareceu o primeiro túnel. Esse era pequeno, logo ali estava a saída.


E as curvas em cotovelo nem começaram!! Vínhamos de uma altitude de 2.400 metros. Já no caminho baixamos de 2.000 metros, mas o Zion fica pouco mais de 1.100 metros de altitude. Então havia bastante para descer até chegarmos no parque!



E mais um túnel! Esse fica a poucas milhas do acesso ao parque e é o início das curvas em U. São seis curvas em U até descer ao nível do parque. Próximo a este túnel já tem uma trilha para ser feita.


Aqui começamos a descida mais forte! Olhando na foto abaixo dá para ver um buraco na rocha. É ali que passa o túnel, através dessa pedra gigantesca!



E aqui chegamos ao fim da estrada, já próximo da guarita sul do parque!!


Depois disso já saímos do Zion National Park e chegamos à cidade de Springdale, que é onde ficam a maioria dos hotéis e restaurantes para os visitantes do parque.

Nós ficamos num hotel um pouco afastado do centro, mas cerca de 5 km da entrada sul. A cidade tem praticamente uma rua só e é muito rápido de ir a qualquer lugar.

Nosso hotel é o Majestic View e, como todos os outros, tem bela vista para as montanhas.

Recepção do hotel

Ali ficam os quartos

Vista da Sacada do quarto
A região do Bryce e do Zion é uma das áreas mais escuras acessível por estrada pavimentada dos Estados Unidos. Além disso, a poluição do ar é muito baixa. Uma das atividades dos turistas que vêm a essa região é fotografar o céu. O Emerson tentou e o resultado foi esse abaixo. Nessa foto dá até para ver a Via Láctea (pelo que me explicou o Emerson, confesso), de horizonte a horizonte (mais à esquerda na foto).


E isso é só a estrada do acesso leste do parque. Imperdível, seja qual for o local de origem ou destino. Não dá para chegar e sair pelo acesso sul sem passar por ali.

No próximo post, mais sobre o Zion National Park.

Bryce Canyon: mais um parque nacional na nossa lista!

29-1-2017



A noite foi gelada! Quando acordamos, marcava -16 graus Celsius!!! Revisando o carro, vimos que todas as águas estavam congeladas... e as cocas também!

Apesar da baixa temperatura, a sensação não era tão horrível quando pegamos essa temperatura em Boston. Além disso, durante o dia foi esquentando e deve ter chegado a 2 ou 3 graus, além de ter um belo sol!
Eram pouco mais de 10 horas quando entramos no Bryce Canyon. O valor da entrada é de U$ 30,00 por veículo privado e vale por sete dias (no mesmo parque). Logo na entrada já está o Visitor Center, com banheiro, wifi, loja e informações, além de uma breve explicação sobre o parque. O mapa já é fornecido na guarita onde é feito o pagamento.


Uma guarita aberta para pagamento da entrada no parque
 Começamos nosso passeio pelo sunrise point. Ao contrário do sunset point (que tentamos ir no dia anterior, mas o sol já havia baixado), onde o estacionamento é muito próximo do mirante, no sunrise é necessário fazer uma trilha. Não é muito longa, mas estava cheia de neve!

Estacionamento do sunrise point

Incío da trilha. Começamos com 8015 pés  (2.442metros)
Mal começamos a trilha (e o passeio), e a Cecília já estava afundada na neve!!! Desse jeito, nem nossas botas impermeáveis dão jeito, hehehe...


E aqui a trilha começa a subir...


... Até chegar nesse lindo mirante, também coberto de neve!! Esse estava aberto, ao contrário dos dois próximos que passamos. Ali no mirante dava para ver um banco, quase completamente coberto de neve. Apenas aparecia uma parte do topo.

A pequena trilha nos brinda com essa paisagem!
Havia outra trilha para descer até mais perto dos Hoodoos, nome dado a estas formações do Bryce, mas achamos um pouco perigosa para irmos com a Cecília. Tem partes muito estreitas para passar na neve... um escorregão resulta numa queda horrorosa.

Pessoal voltando da trilha
Nossa próxima parada: Inspiration Point, com elevação de 2.468 metros. Neste apenas era possível chegarmos no início da trilha para o mirante. Uma pena, porque é uma das melhores vistas do Bryce! Além disso, esta parte estava com menos neve acumulada nos hoodoos, o que permitia com que víssemos melhor seus detalhes. Esse é o local que chamam de "anfiteatro", não só pelo formato, mas porque cada hoodoo parece uma pessoa na plateia.


Vista da parte anterior à subida para o mirante. 
Dali seguimos para o Bryce Point, que, segundo o Lonely Planet, tem a melhor vista. Também não conseguimos ir até o mirante propriamente dito, mas já deu para ter uma bela vista da parte do início do caminho até lá. A foto da parada de ônibus dá uma ideia de quanta neve tinha neste parque!

Pelo que acompanhei, a neve parou faz quase uma semana, mas antes disso teve vários dias de neve. Como a temperatura se mantém baixa, a neve apenas acumula e pouco derrete.

Ponto de ônibus para a alta temporada

Bryce Point, com 2.529 metros
 Foi esse o mirante que conseguimos no Bryce Point:


Nessa fotografia dá para ver o mirante "oficial" do Bryce Point. Fica bem à esquerda, numa das pedras. Aumentando a foto deve dar para ver melhor...


Depois seguimos algumas milhas até o Farview Point, lugar mais elevado que fomos no Bryce e na nossa viagem, com 2.688  metros. A partir dali a estrada estava fechada. O último ponto da estrada do Bryce é o Rainbow Point, o mais alto, com 2,778 metros. Todo o percurso tem 18 milhas e conseguimos percorrer 11 milhas, sendo que os principais mirantes ficam até a terceira milha após a entrada no parque.



Vista do Farview Point

Estrada fechada a partir desse ponto.
A estrada dentro do parque estava em ótimas condições, apesar da intensa neve ao seu redor. Essa é a paisagem nas estradas do Bryce:


E o que são os Hoodoos?

O Bryce no topo, o Zion no meio e o Grand Canyon embaixo formam a chamada Grand Staircase ou grande escadaria. Ela tem cerca de 200 km de extensão e é a sequência mais completa de rochas sedimentares do mundo, com rochas formadas em muitas eras geológicas diferentes e com diferentes sedimentos, atravessando 525 milhões de anos de história da terra.

Em outros lugares a elevação de cordilheiras ou a ação de glaciares desfiguraram a continuidade destas camadas geológicas. Ali, eslas são vistas sem interrupção.

Há 55-40 milhões de anos, Utah era uma grande bacia cercada de montanhas. Os rios que corriam para lá depositavam sedimentos, principalmente calcário. Há 20 milhões de anos, o platô do Colorado se elevou, os lagos secaram e suas misturas de sedimentos criaram a chamada formação Claron, que é a camada de rochas que forma hoje os hoodoos.

O principal processo para a formação dos hoodoos é o congelamento e o degelo. Por ser semi-árido, a temperatura varia muito em pelo menos 180 dias do ano. Assim, a água degela, escorre para as frestas das paredes do canyon (ou "nadadeiras") e à noite recongela, expandindo-se e forçando as fissuras. Isso cria as janelas ou buracos. Quando essas também enfraquecem, elas caem, deixando uma coluna. Aí a chuva termina de esculpir o que sobrou do calcário, formando bulbos espirais, os hoodoos. Assim, novos hoodoos ainda hoje estão sendo formados, enquanto outros estão sendo dissolvidos.
(Colaboração: Emerson)


Hotel:

Ficamos hospedados no Best Western Ruby's Inn, que em 2016 completou 100 anos! Em 1916, Reuben C. (Ruby) Syrett resolveu comprar um rancho para viver com sua família. Ele morava mais ao norte em Utah e a viagem durou dois dias de carroça. Ele viajava com a esposa, um filho de oito anos e uma filha de seis semanas. Semanas depois dele se estabelecer, um viajante da cidade de Tropic parou e perguntou se ele havia visto o Bryce. Ruby lhe questionou o que era, quando o viajante respondeu "que era só um buraco, mas você deve ir lá ver". No domingo seguinte, ele e sua esposa pegaram a carroça e foram ver o que era e, ao enxergarem o cenário, resolveram que iriam mostrar aquilo para todos que pudessem. E assim ele começou a receber viajantes. Em 1919, ele obteve a permissão para contruir um "Tourist Rest". Em 1923, quando Bryce Canyon se tornou um monumento nacional, Ruby transferiu seu "Tourist Rest" para o seu rancho e o chamou de Ruby's Inn. Bryce tornou-se um parque nacional e o hotel cresceu e até hoje o hotel é administrado pela família de Reuben (Ruby) Syrett, atualmente por seu neto e seu bisneto.




O hotel é enorme e tem uma loja ao lado, que vende lembranças, artesanatos da região, roupas e comida. Tem um pequeno mercado com tudo que o visitante pode precisar. Na frente do hotel, tem essas casinhas também de comércio, que estavam fechadas.

Tem muita coisa fechada no inverno, mas isso não quer dizer que o local fique abandonado. Havia bastante gente no hotel e também muitas pessoas visitando o canyon. O que o inverno realmente tem como ponto contra nem é o frio, mas o bloqueio de mirantes, estradas e trilhas.

Em frente ao hotel

E para nos despedirmos da estrada 12, que leva ao Bryce Canyon National Park, mais uma fotografia do Red Canyon



E seguimos mais 130 Km até nosso próximo parque nacional: Zion.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

De Page a Bryce - além da estrada, a incrível trilha pelos Toadstools

28-1-2017

Deixamos Page com destino ao Bryce Canyon (240Km). Ainda na saída da cidade, paramos num mirante para nos despedirmos do lindo Lake Powell.


Entre 40 e 50 quilômetros após sair da cidade (bem antes de Kanab), pela estrada 89, sentido norte, está a Toadstools Trailhead. Não há placa na estrada com antecedência. É bom calcular a distância ou acompanhar pelo Maps me. Tem um local para estacionamento (não asfaltado, de terra mesmo) e essa placa indicando a trilha. E só. Esse foi um dos passeios que só fizemos em decorrência da pesquisa e planejamento que costumamos realizar antes das viagens. Não é muito falado, ainda não descobri o motivo...


Após a entrada, têm setas indicando o sentido da trilha. É só ir em frente. Até o primeiro Toadstool são aproximadamente 1,25 km. Aí vão algumas partes do caminho, que já é um passeio:




Então encontramos nosso primeiro toadstool. A trilha não tem apenas como objetivo encontrar essas pedras. Todo o conjunto do lugar é lindo! As pedras e suas diferentes cores e formas fazem a beleza dessa trilha.


 Essas formações fazem parte do Grand Staircase-Escalante National Monument. Tem esse nome porque se parecem um cogumelo e também são formados pela chuva e pelo vento.


Para uma ideia do tamanho e cores das pedras

Cecília Bolt


Cecília aprendendo a fotografar

Olhem eu lá embaixo, dando novamente ideia do tamanho do lugar.

Cecília perto do toadstool

Cecília nos fotografando

Emerson escalando a montanha para novas fotografias
E esse foi o resultado da nossa trilha: achávamos que o passeio seria curto, mas o lugar era tão legal que ficamos mais de 2 horas e 20 minutos! Também fizemos mais do que 2,5 km da trilha de ida e volta... No lado direito da imagem está o caminho que trilhamos. Utilizamos o aplicativo geo tracker, que, para hikers totalmente amadores como nós, é interessante para sabermos exatamente o percurso feito (também para não se perder) e depois se divertir acompanhando as estatísticas da caminhada.

Fazer essas trilhas com a Cecília tem sido uma experiência bem legal. Ela tem gostado bastante e nos abriu possibilidades para próximos roteiros.


Já eram 14:20 e ainda tínhamos bastante estrada pela frente. E, estou sendo repetitiva, mas não tem como ser diferente, o caminho novamente é um passeio. Começou com cenários deste tipo:


À medida em que fomos subindo em altitude, a neve novamente apareceu! Bryce fica a 2.400 metros de altitude, então precisamos subir bastante durante o caminho.

O contraste da neve com essas pedras vermelhas é muito lindo!



Chegamos em Kanab. É uma pequena cidade no caminho entre Page e Zion ou Bryce, que serviu de cenário para filmes de faroeste, tanto que tem uma Little Hollywood. Ali paramos para comer um Mc Donalds e aproveitar o banheiro. É uma boa opção para se hospedar nesse trajeto.

Chegando em Kanab

E cada vez a paisagem ficava mais branca...




Até conseguimos parar na beira da estrada para utilizar novamente o disco da Cecília, agora na neve!


Paramos na cidadezinha de Glendale, para a Cecília pisar novamente na neve. Nessa hora, um senhor tentava sair com sua caminhonete... e só deslizava na neve. Então o Emerson resolveu ir ajudar. Colocaram um papelão, o Emerson empurrou a caminhonete e deu certo! Depois ficaram lá de papo um pouco e seguimos viagem!


Emerson ajudando a tirar o carro do buraco
 E mais uma cidade perdida no caminho...


Saímos da estrada 89 e entramos na Scenic Byway 12, uma estrada com paisagens lindíssimas até o acesso a Bryce. Ali estão a Dixie National Forest e o Red Canyon.



E que tal esse túnel na pedra?
E então a última vista antes do acesso à estrada para o Bryce. Enfim, chegamos!!!


Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...