terça-feira, 31 de janeiro de 2017

Bryce Canyon: mais um parque nacional na nossa lista!

29-1-2017



A noite foi gelada! Quando acordamos, marcava -16 graus Celsius!!! Revisando o carro, vimos que todas as águas estavam congeladas... e as cocas também!

Apesar da baixa temperatura, a sensação não era tão horrível quando pegamos essa temperatura em Boston. Além disso, durante o dia foi esquentando e deve ter chegado a 2 ou 3 graus, além de ter um belo sol!
Eram pouco mais de 10 horas quando entramos no Bryce Canyon. O valor da entrada é de U$ 30,00 por veículo privado e vale por sete dias (no mesmo parque). Logo na entrada já está o Visitor Center, com banheiro, wifi, loja e informações, além de uma breve explicação sobre o parque. O mapa já é fornecido na guarita onde é feito o pagamento.


Uma guarita aberta para pagamento da entrada no parque
 Começamos nosso passeio pelo sunrise point. Ao contrário do sunset point (que tentamos ir no dia anterior, mas o sol já havia baixado), onde o estacionamento é muito próximo do mirante, no sunrise é necessário fazer uma trilha. Não é muito longa, mas estava cheia de neve!

Estacionamento do sunrise point

Incío da trilha. Começamos com 8015 pés  (2.442metros)
Mal começamos a trilha (e o passeio), e a Cecília já estava afundada na neve!!! Desse jeito, nem nossas botas impermeáveis dão jeito, hehehe...


E aqui a trilha começa a subir...


... Até chegar nesse lindo mirante, também coberto de neve!! Esse estava aberto, ao contrário dos dois próximos que passamos. Ali no mirante dava para ver um banco, quase completamente coberto de neve. Apenas aparecia uma parte do topo.

A pequena trilha nos brinda com essa paisagem!
Havia outra trilha para descer até mais perto dos Hoodoos, nome dado a estas formações do Bryce, mas achamos um pouco perigosa para irmos com a Cecília. Tem partes muito estreitas para passar na neve... um escorregão resulta numa queda horrorosa.

Pessoal voltando da trilha
Nossa próxima parada: Inspiration Point, com elevação de 2.468 metros. Neste apenas era possível chegarmos no início da trilha para o mirante. Uma pena, porque é uma das melhores vistas do Bryce! Além disso, esta parte estava com menos neve acumulada nos hoodoos, o que permitia com que víssemos melhor seus detalhes. Esse é o local que chamam de "anfiteatro", não só pelo formato, mas porque cada hoodoo parece uma pessoa na plateia.


Vista da parte anterior à subida para o mirante. 
Dali seguimos para o Bryce Point, que, segundo o Lonely Planet, tem a melhor vista. Também não conseguimos ir até o mirante propriamente dito, mas já deu para ter uma bela vista da parte do início do caminho até lá. A foto da parada de ônibus dá uma ideia de quanta neve tinha neste parque!

Pelo que acompanhei, a neve parou faz quase uma semana, mas antes disso teve vários dias de neve. Como a temperatura se mantém baixa, a neve apenas acumula e pouco derrete.

Ponto de ônibus para a alta temporada

Bryce Point, com 2.529 metros
 Foi esse o mirante que conseguimos no Bryce Point:


Nessa fotografia dá para ver o mirante "oficial" do Bryce Point. Fica bem à esquerda, numa das pedras. Aumentando a foto deve dar para ver melhor...


Depois seguimos algumas milhas até o Farview Point, lugar mais elevado que fomos no Bryce e na nossa viagem, com 2.688  metros. A partir dali a estrada estava fechada. O último ponto da estrada do Bryce é o Rainbow Point, o mais alto, com 2,778 metros. Todo o percurso tem 18 milhas e conseguimos percorrer 11 milhas, sendo que os principais mirantes ficam até a terceira milha após a entrada no parque.



Vista do Farview Point

Estrada fechada a partir desse ponto.
A estrada dentro do parque estava em ótimas condições, apesar da intensa neve ao seu redor. Essa é a paisagem nas estradas do Bryce:


E o que são os Hoodoos?

O Bryce no topo, o Zion no meio e o Grand Canyon embaixo formam a chamada Grand Staircase ou grande escadaria. Ela tem cerca de 200 km de extensão e é a sequência mais completa de rochas sedimentares do mundo, com rochas formadas em muitas eras geológicas diferentes e com diferentes sedimentos, atravessando 525 milhões de anos de história da terra.

Em outros lugares a elevação de cordilheiras ou a ação de glaciares desfiguraram a continuidade destas camadas geológicas. Ali, eslas são vistas sem interrupção.

Há 55-40 milhões de anos, Utah era uma grande bacia cercada de montanhas. Os rios que corriam para lá depositavam sedimentos, principalmente calcário. Há 20 milhões de anos, o platô do Colorado se elevou, os lagos secaram e suas misturas de sedimentos criaram a chamada formação Claron, que é a camada de rochas que forma hoje os hoodoos.

O principal processo para a formação dos hoodoos é o congelamento e o degelo. Por ser semi-árido, a temperatura varia muito em pelo menos 180 dias do ano. Assim, a água degela, escorre para as frestas das paredes do canyon (ou "nadadeiras") e à noite recongela, expandindo-se e forçando as fissuras. Isso cria as janelas ou buracos. Quando essas também enfraquecem, elas caem, deixando uma coluna. Aí a chuva termina de esculpir o que sobrou do calcário, formando bulbos espirais, os hoodoos. Assim, novos hoodoos ainda hoje estão sendo formados, enquanto outros estão sendo dissolvidos.
(Colaboração: Emerson)


Hotel:

Ficamos hospedados no Best Western Ruby's Inn, que em 2016 completou 100 anos! Em 1916, Reuben C. (Ruby) Syrett resolveu comprar um rancho para viver com sua família. Ele morava mais ao norte em Utah e a viagem durou dois dias de carroça. Ele viajava com a esposa, um filho de oito anos e uma filha de seis semanas. Semanas depois dele se estabelecer, um viajante da cidade de Tropic parou e perguntou se ele havia visto o Bryce. Ruby lhe questionou o que era, quando o viajante respondeu "que era só um buraco, mas você deve ir lá ver". No domingo seguinte, ele e sua esposa pegaram a carroça e foram ver o que era e, ao enxergarem o cenário, resolveram que iriam mostrar aquilo para todos que pudessem. E assim ele começou a receber viajantes. Em 1919, ele obteve a permissão para contruir um "Tourist Rest". Em 1923, quando Bryce Canyon se tornou um monumento nacional, Ruby transferiu seu "Tourist Rest" para o seu rancho e o chamou de Ruby's Inn. Bryce tornou-se um parque nacional e o hotel cresceu e até hoje o hotel é administrado pela família de Reuben (Ruby) Syrett, atualmente por seu neto e seu bisneto.




O hotel é enorme e tem uma loja ao lado, que vende lembranças, artesanatos da região, roupas e comida. Tem um pequeno mercado com tudo que o visitante pode precisar. Na frente do hotel, tem essas casinhas também de comércio, que estavam fechadas.

Tem muita coisa fechada no inverno, mas isso não quer dizer que o local fique abandonado. Havia bastante gente no hotel e também muitas pessoas visitando o canyon. O que o inverno realmente tem como ponto contra nem é o frio, mas o bloqueio de mirantes, estradas e trilhas.

Em frente ao hotel

E para nos despedirmos da estrada 12, que leva ao Bryce Canyon National Park, mais uma fotografia do Red Canyon



E seguimos mais 130 Km até nosso próximo parque nacional: Zion.

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