Depois de tantos cenários diferentes entre os 370 Km que separam Albuquerque de Chinle, resolvi fazer uma postagem só para contar sobre a nossa viagem.
Deixamos o Novo México para trás, que certamente fez jus ao seu slogan: a terra do encantamento. Adoramos o Novo México! As paisagens são as mais variadas, conhecemos desde cavernas, dunas de areia, a história deste Estado, vimos neve, lugares secos, paisagens realmente encantadoras!!!
Mas chegou a hora de voltar ao Arizona, estado que também adoramos na viagem que fizemos em 2013, quando conhecemos o seu ponto alto: o Grand Canyon.
Depois de conhecermos o centro de Albuquerque, pegamos novamente a estrada. A previsão para 370 Km era de menos de 4 horas e saímos às 13 horas.
Sol lindo, céu azul, paisagens repetidamente deslumbrantes.
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| Visão do retrovisor, com uma linda montanha |
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| Quase em Gallup! |
E até um trem gigantesco cruzou o nosso caminho:
E se tem uma pedra no meio da estrada, retira-se a pedra!!!
Então encontramos o "Continental Divide", bem numa parte da route 66, que em vários lugares corre ao lado da estrada atual. Ali a placa explica: a água que cai a leste segue para o Atlântico; ao oeste para o Pacífico. E foi descermos do carro para perceber que a temperatura já era outra! Um vento gelado!!!
E seguimos para Gallup:
Chegamos em Gallup pelas 16:00 e resolvermos almoçar no Cracker Barrel, onde conseguimos um frango grelhado sem tempero para a Cecília (e para nós também)! Estava demorando para eu indicar um caminho errado... chegou o dia e foi para entrar no estacionamento do restaurante. Acabamos voltando para a estrada e lá se foram mais 5 km até conseguimos ir e achar um retorno...
Perto das 17 horas saímos do restaurante, com mais uns 140 km pela frente. Mas ao trocarmos de estrada a paisagem mudou completamente!!! Agora encontramos a neve.
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| Tudo branquinho |
Uns quilômetros à frente chegamos a Window Rock. Ali é a sede da nação Navajo, sendo o maior território soberano de nativos americanos na América do Norte. Lá tem o conselho da Nação Navajo, sua Suprema Corte, escritório do Presidente e Vice, além de outros prédios governamentais. Ocupa um extenso território no Nordeste do Arizona.
Fragmentos de cerâmica foram encontrados no entorno, mostrando que há mais de 1.000 anos já havia gente vivendo ali. O mais impressionante é esse arco natural de mais de 20 metros de diâmetro, em uma grande pedra de arenito. Primeiro, houve uma esfoliação química natural e depois a chuva e o vento deram origem a esta formação. O último bloco caiu em 1996.
Lá também tem essa estátua em homenagem aos "code talkers navajos". Eles foram importantes na 2ª Guerra Mundial, porque codificavam informações de guerra, tornando impossível a decodificação pelos peritos alemães.
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| Aguentando o frio para bons registros... ali uma ideia do tamanho da pedra |
E então seguimos viagem. Ainda tínhamos mais 100 km até Chinle. Foi então que, além das paisagens com neve, encontramos ela própria. Ainda em pista dupla, sobrou apenas uma delas para trafegar:
Depois disso, sem mais registros fotográficos, porque acabei esquecendo de fotografar! Ainda bem que confio no meu motorista, porque a neve aumentou muito (eu qualificaria como uma tempestade de neve, kkk), no chão apenas tinha as duas linhas para colocar os pneus. Eu já estava pronta para parar em qualquer hotel que cruzasse o nosso caminho. Mas nada apareceu...
O que mais impressionou foi quando trocamos de estrada e de sentido (agora para o norte): a neve foi sumindo, a pista secando e até acho que chegamos em Chinle com algumas estrelas no céu!!! Acabamos levando umas 2 horas e meia para fazer os últimos 130 km e sem qualquer sinal de internet pelo caminho.
Foi uma experiência diferente, mas não estou muito disposta a repeti-la :)
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