terça-feira, 16 de janeiro de 2018

Kyoto, a Segunda Capital Japonesa

Nossa viagem pelo Japão começou por Kyoto, a segunda capital do Japão (794 a 1.868), antes de Tóquio e depois de Nara. Ficamos seis noites e fizemos um bate-volta para Nara.

Kyoto tem muitos templos, o que torna impossível a missão de conhecer sequer os principais. Com quatro dias inteiros na cidade, escolhemos alguns e infelizmente outros ficaram para trás. Além disso, a cidade é enorme e espalhada, tomando muito tempo de deslocamento. Para completar, o inverno tem dias curtos (e frios) e acabamos conhecendo cerca de dois ou três lugares por dia, além de caminharmos pelas ruas da cidade, tendo contato com uma cultura totalmente diferente, o que por si só já é um dos melhores passeios. 

A cidade tem 17 Patrimônios Mundiais da Unesco, mais de 1.600 templos budistas e mais de 400 santuários xintoístas, o que faz com que seja destino obrigatório para quem visita o Japão.

Em uma lista enorme de lugares para conhecer, aonde fomos? Aí vai a lista!

Mercado Nishiki 

De fácil acesso, na parte central da cidade, é imperdível. Ali você vai conhecer as mais variadas comidas da cultura japonesa. A maior parte delas não dá sequer para saber do que se trata...Muito pitoresco.




Fushimi-Inari Taisha

É a capa do Lonely Planet do Japão, portanto visita obrigatória. É um pouco afastado da cidade e o melhor jeito de chegar é de trem. São duas estações bem próximas, numa curta caminhada, com várias lojas para visitar. Esse  santuário xintoísta foi dedicado aos deuses do arroz e do saquê, no século XVIII. São muitos toriis laranjas e várias raposas de pedra. Para os japoneses, a raposa é uma figura sagrada e misteriosa e ali é considerado o mensageiro de Inari, o deus da colheita do arroz. A visita é gratuita.
Logo na chegada, a impressão que se tem é de uma procissão. Mas subindo um pouco (nem fomos até o fim), já dá para apreciar (e fotografar) o lugar sem tanta gente compartilhando o mesmo espaço.


Procissão de gente... assustador

Purificando as mãos e a boca na entrada, conforme manda a placa!

A entrada já é impactante

E o caminho é muito fotogênico


Pontes pelo caminho

Raposa com a chave do armazém do arroz

Pessoas de kimono: passando frio, mas com fotos lindas

Entrada do santuário

Kyoto Station

Terminamos o primeiro dia na Estação Central de Kyoto, parada final do trem que retornamos de Fushimi-Inari. A estação é simplesmente gigantesca. Tem essa escada muito legal que vai trocando de cor...



Depois de subir a imensa escada rolante, tem uma passarela no alto do prédio, com uma bela vista da cidade. De lá se avista a Kyoto Tower e também as montanhas que contornam a cidade.


A estação é enorme e uma loucura! Cheio de gente, placas, informação dos trens, lojas e restaurantes, mas depois de umas duas visitas já é possível começar a se localizar. Tem letreiros em inglês por tudo, não precisa ter medo de não entender as placas. 



Arashiyama

No nosso segundo dia em Kyoto fomos até a região de Arashiyama. Dessa vez utilizamos o ônibus e foi bem fácil. É só ter um mapa e conferir a linha dos ônibus pelo número. Compramos o passe de ônibus para um dia (500 yenes) e utilizamos várias vezes durante o dia. O metrô é limitado e não vai até a maioria das atrações.

Arashiyama tem uma ruazinha charmosa e alguns templos, mas aqui não visitamos nenhum. Passeamos pelo Bambuzal e fomos ao parque dos macacos, que a Cecília planejava ir desde que começamos a pesquisar sobre o Japão.

Rua de Arashiyama

Cemitério
O bambuzal fica bem pertinho da parada do ônibus que pegamos até lá. É só seguir as placas!




Seguimos em direção ao rio, porque sabia que para chegar no parque dos macacos precisava atravessar a ponte. Para chegar lá, não vi tanta sinalização...

Rio que corta Arashiyama


Os ingressos são vendidos logo após a placa de acesso ao parque, pertinho do rio. É bom saber que a subida é longa e cansativa... vá preparado.

Subida para o parque dos macacos
Lá de cima se tem uma bela vista de Kyoto. Pela foto da cidade, dá para perceber o quanto subimos nesta caminhada.


Olhem só os macaquinhos com a pessoa que trabalha lá... ficam bem pertinho sentados.


Eles orientam a não olhar os macacos nos olhos, não se abaixar, não tocá-los e não alimentá-los ou mostrar alimentos fora do local apropriado para isso. Lembram sempre que eles estão acostumados com as visitas, mas são animais selvagens. Lá em cima, você caminha entre eles, que estão completamente soltos na montanha.


Para alimentá-los, a gente entre nessa casa com telas, compra amendoins ou maçãs por 100 yenes e dá para os macacos! Eles já estão tão acostumados que colocam os braços pela tela para ganhar comida...




Aqui dá para ver um macaco pequeno. Eles apenas têm chance de ganhar a comida quando os grandes estão longe.


De novo o pequeno no cantinho. Ele só conseguia subir se agarrando em um cano...

Esperando comida!!!


Kinkaku-ji

Kinkaku-ji ou Pavilhão Dourado é um templo budista  que foi erguido em 1397. Em 1950 ele foi incendiado por um monge e em 1955 foi terminada sua reconstrução, seguindo exatamente a construção original, porém acrescentando cobertura de folhas de ouro também nos andares inferiores. A entrada é paga e a forma mais fácil de acesso é de ônibus mesmo. Na saída de Arashiyama, utilizando nosso passe, pegamos 2 ônibus até o Kinkaku-ji.



Nosso terceiro dia de passeio em Kyoto (quarto dia, já que no terceiro dia fomos a Nara), visitamos a parte antiga da cidade. É simplesmente imperdível! São tantos templos na cidade, que você vai precisar escolher apenas alguns para conhecer. Entretanto, impossível não visitar a parte antiga da cidade numa viagem para Kyoto.

Kiyomizu-dera

Novamente utilizamos o ônibus. Dessa vez, pagamos a passagem avulsa. É fácil: custa 230 yenes e é só depositar numa espécie de cofre ao lado do motorista na hora de sair do ônibus. Não é fornecido troco.
Descemos bem pertinho do templo budista Kiyomizu-dera. Ele fica numa parte mais alta, então é só subir uma rua em direção ao templo. Melhor: é só seguir o fluxo, que não é pequeno.



Rua de acesso ao templo: já faz parte do passeio!

Loja de leques

Pepino no palito como um snack!!!

Já no templo, a vista da ladeira que subimos. Ao fundo, a cidade moderna.
 Aqui já começam as construções do templo. Durante a noite nevou, o que deixou a paisagem mais bonita, como forma de compensar um pouco o tapume do templo principal, que está sendo restaurado. No outono, a paisagem fica lindíssima, pelo vermelho das árvores que cercam o templo, hoje cobertas de neve.


Parte interna do templo principal

Contraste entre o antigo e a cidade moderna ao fundo

Caminhos dentro do templo

Além do pagoda, à esquerda, dá para ver o templo principal em restauração, à direita.
Ainda assim, é possível ver que ele está construído sobre estacas.
 Esse templo foi inicialmente construído em 798, mas as edificações atuais são de 1633. Dá para imaginar como essas construções de madeira eram suscetíveis a incêndios.

Sul de Higashiyama

Depois do templo, seguimos pelos bairros antigos de Kyoto. Essa região fica bem próxima ao templo e tem ruas lindíssimas. É aquilo que nos vem à cabeça quando pensamos num Japão tradicional e antigo.

Essa é a Rua Sannen-zaka... contrariando minhas expectativas, ali encontramos um starbucks. Obviamente, ele está instalado numa casa tradicional e é totalmente diferente do padrão da rede. Pegamos nosso café e nos instalamos no tatame. Ali é necessário entrar sem calçados.



E seguimos adiante, nesse cenário que nos faz voltar no tempo...


Já quase chegando na região de Gion, encontramos mais templos cheios de gente! Nas fotos, em locais diferentes e próximos, a Cecília e as moças de quimono mostram como fazer para se purificar:




Gion

Também parte da região antiga da cidade, é o distrito das gueixas e de vários restaurantes. Ali, fomos numa das ruas mais bonitas de Kyoto, segundo o Lonely Planet, a Shinbashi (ou Shirakawa Minami-dori). Ela fica ao lado de um canal e na época do florescimento das cerejeiras deve ficar espetacular!



No último dia na cidade voltamos ao Gion para a Cecília se vestir de quimono (que pela quantidade de fotos vai ganhar um post exclusivo). Ali encontramos mais algumas das ruas antigas de Kyoto.

Ainda de cabelo arrumado... 




Ponto-cho

Outra parte antiga da cidade. É uma rua estreita, cheia de restaurantes, mais movimentada à noite.





Castelo de Nijo

No último dia em Kyoto fomos ao Nijo-jo. Ele foi construído há 400 anos. Foi inaugurado em 1603 por Tokugawa Ieyasu, fundador e primeiro shogun do shogunato Tokugawa (1603 a 1867), que unificou o Japão, depois de um longo período de guerra civil. Em 1867 o poder retornou às mãos do imperador, dando início ao período Meiji, deixando o Japão de ser um sociedade feudal.

Porta Kara-mon

Detalhes da Porta Kara-mon

Vista parcial do Palácio Ninomaru

Vista de cima da torre
E chegou a hora de nos despedirmos de Kyoto, para novas aventuras na terra do sol nascente!!!!

Período: 10 a 16/01/2018
Hotel: Laon Inn Karasuma Ebisugawa. Semelhante a um apart-hotel, sem serviço de quarto. No quarto tem máquina de lavar roupas; para secar, basta colocar no box do banho e ligar uma função de secar nos vários botões do banheiro. Fica um pouco longe da área central, mas com fácil acesso ao metrô e ônibus. O valor da diária foi aproximadamente R$ 200,00 com taxas, o que é muito barato para Kyoto.


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