quinta-feira, 25 de julho de 2013

Huaca Pucllana - Um passeio imperdível em Lima

Para um dia que não começou muito bem, conseguimos uma reviravolta e fizemos um passeio muito legal.
Hoje (25.07) trocamos de hotel. Havíamos reservado o hotel Estelar durante o congresso, mas quando resolvemos ficar mais dias em Lima não encontramos mais vaga no mesmo lugar. Então, optei pelo Ibis - metade do preço, metade do espaço no quarto, mas bem localizado e sempre igual...
Os hotéis ficam próximos, cerca de quatro quadras, e resolvemos fazer o percurso a pé, com as nossas malas. Estava tudo certo, até chegarmos na parte do caminho em obras. Ali, consegui quebrar a alça da minha mala preferida. Fiquei com vergonha de chorar ali mesmo, quando fiquei com um pedaço da mala na minha mão, mas essa era minha vontade.

Mas o dia precisava melhorar!

Com a nossa tarde livre, fomos até Huaca Pucllana, em Miraflores. É um sítio arqueológico pré-inca, no meio de um dos melhores bairros da cidade. A entrada custa 12 soles por adulto e 1 sole para criança e a visita é feita exclusivamente com acompanhamento de um guia e dura uma hora.

Entrada
Esperamos uns 10 minutos para uma visita em espanhol. Este sítio arqueológico tem relação com a Cultura Lima, datada de mais de 1.500 anos. No local em que se situam estas ruínas, ficavam a parte administrativa e de cerimoniais. Há uma grande pirâmide, onde acreditam que sua altura estava relacionada à demonstração de poder e também para que fosse possível ter uma grande visibilidade.

O início da visita explica como eram feitos os "tijolos" utilizados na construção, uma mistura de água e terra, moldados à mão.

Traduzindo as explicações


Moldando os "tijolos"

As pedras da parte superior são de reconstituição. Na parte de baixo, são autênticas.


Antes da subida na pirâmide, passamos pela plantação de espécies típicas da região e também pelos animais. Os cachorros peruanos ficam soltos e de uma raça que existe aqui há muitos anos, os cães sem pelo. Também tem o porquinho da índia, as lhamas e as alpacas.


Cachorro sem pelo

Porquinhos da índia


A branca é a lhama e as marrons são alpacas
Planta de coca

A Cecília atraindo o cachorro...

Hora de subirmos na pirâmide! Outra explicação que o guia deu foi de que esse povo cultuava o deus mar e o deus lua, ao contrário dos incas, que cultuavam o sol. A proximidade do mar, de onde tiravam alimento, e a influência da lua na maré são explicações para isto, inclusive porque o sol costuma aparecer apenas entre janeiro e março por aqui... Já na região de Cusco, por exemplo, o sol era necessário para as plantações e também para aquecimento.




Lá em cima, impressiona a visão que se tinha e, atualmente, o contraste entre as ruínas e os prédios modernos.



No mesmo local, em período posterior, a Cultura Wari utilizou a pirâmide como cemitério. A Cultura Lima enterrava seus mortos de forma horizontal, ao contrário da Wari, que enterrava seus mortos de forma vertical, em posição fetal. Foram encontradas várias tumbas e uma delas está reconstituída na foto abaixo:


Placa com fotos do que foi encontrado no local.
Destaque para os "niños sacrificados"...
E os trabalhos de pesquisa no sítio arqueológico continuam:


Outra explicação interessante: a forma como eram colocados os tijolos nas construções. Eram postos com espaço suficiente para o caso de ocorrerem terremotos, evitando a destruição.


Passeio excelente! Depois, fomos ao Parque do Amor, que fica para o próximo post!

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