Hoje (25.07) trocamos de hotel. Havíamos reservado o hotel Estelar durante o congresso, mas quando resolvemos ficar mais dias em Lima não encontramos mais vaga no mesmo lugar. Então, optei pelo Ibis - metade do preço, metade do espaço no quarto, mas bem localizado e sempre igual...
Os hotéis ficam próximos, cerca de quatro quadras, e resolvemos fazer o percurso a pé, com as nossas malas. Estava tudo certo, até chegarmos na parte do caminho em obras. Ali, consegui quebrar a alça da minha mala preferida. Fiquei com vergonha de chorar ali mesmo, quando fiquei com um pedaço da mala na minha mão, mas essa era minha vontade.
Mas o dia precisava melhorar!
Com a nossa tarde livre, fomos até Huaca Pucllana, em Miraflores. É um sítio arqueológico pré-inca, no meio de um dos melhores bairros da cidade. A entrada custa 12 soles por adulto e 1 sole para criança e a visita é feita exclusivamente com acompanhamento de um guia e dura uma hora.
Entrada |
O início da visita explica como eram feitos os "tijolos" utilizados na construção, uma mistura de água e terra, moldados à mão.
Traduzindo as explicações |
Moldando os "tijolos" |
As pedras da parte superior são de reconstituição. Na parte de baixo, são autênticas. |
Antes da subida na pirâmide, passamos pela plantação de espécies típicas da região e também pelos animais. Os cachorros peruanos ficam soltos e de uma raça que existe aqui há muitos anos, os cães sem pelo. Também tem o porquinho da índia, as lhamas e as alpacas.
Cachorro sem pelo |
Porquinhos da índia |
A branca é a lhama e as marrons são alpacas |
Planta de coca |
A Cecília atraindo o cachorro... |
Hora de subirmos na pirâmide! Outra explicação que o guia deu foi de que esse povo cultuava o deus mar e o deus lua, ao contrário dos incas, que cultuavam o sol. A proximidade do mar, de onde tiravam alimento, e a influência da lua na maré são explicações para isto, inclusive porque o sol costuma aparecer apenas entre janeiro e março por aqui... Já na região de Cusco, por exemplo, o sol era necessário para as plantações e também para aquecimento.
Lá em cima, impressiona a visão que se tinha e, atualmente, o contraste entre as ruínas e os prédios modernos.
No mesmo local, em período posterior, a Cultura Wari utilizou a pirâmide como cemitério. A Cultura Lima enterrava seus mortos de forma horizontal, ao contrário da Wari, que enterrava seus mortos de forma vertical, em posição fetal. Foram encontradas várias tumbas e uma delas está reconstituída na foto abaixo:
Placa com fotos do que foi encontrado no local. Destaque para os "niños sacrificados"... |
Outra explicação interessante: a forma como eram colocados os tijolos nas construções. Eram postos com espaço suficiente para o caso de ocorrerem terremotos, evitando a destruição.
Passeio excelente! Depois, fomos ao Parque do Amor, que fica para o próximo post!
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