quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Braga

Braga foi outro bate-volta que escolhemos para essa viagem. Saindo do Porto, o trem urbano leva cerca de uma hora para chegar na cidade e a estação de trem é bem próxima do portão da cidade antiga. Facílimo de ir a pé, bastando seguir as placas de “centro”.

Arco da Porta Nova, já na hora de ir embora da cidade


Já digo que adoramos a cidade, o que tem sido praxe na nossa viagem por Portugal. De manhã ficamos na dúvida sobre ir ou não fazer o passeio, porque amanheceu chuviscando. Durante o caminho, apareceu o sol, mas acabamos chegando com chuva... Aproveitando que eram 11 horas e o  museu que queríamos ir, junto à, fechava às 12:30 (até o i=informações turísticas fechava das 12:30 às 14 horas), fomos direto pra lá! Passando o arco em que se entra na cidade, caminha-se mais um pouco e lá encontramos a entrada. Não é tão evidente da calçada, mais fomos entrando até que achamos o local de acesso. Para visitar o museu e a igreja foram 5 euros por adulto. Ainda tivemos uma breve visita guiada por algumas salas, o que foi muito interessante e já valeu o passeio!  Há uma sala onde estão sepultados os pais do 1º rei de Portugal, dom Afonso Henriques, e, no mesmo local, está o corpo mumificado do arcebispo Dom Lourenço. Segundo explicou o nosso guia, foram remover o túmulo do arcebispo, 300 anos após seu falecimento, quando a tampa quebrou e verificaram que o corpo estava inteiro! Então foi mumificado e lá está exposto, em caixão aberto. Também passamos pela Capela de São Geraldo e pelo coro, com dois órgãos gigantes, com mais de 3.000 tubos. Também segundo o guia, nas missas de domingo ele é utilizado. 

Entrada da Sé

O museu do Tesouro, junto à igreja, é muito bem cuidado e entre seu acervo está a cruz utilizada na primeira missa no Brasil. É de ferro e o seu tamanho me surpreendeu: é muito pequena! Contando com a parte utilizada para segurá-la, deve ter uns 40 cm.

Esta é a Sé mais antiga de Portugal e sua construção teve início ainda no século XI, provavelmente sobre as ruínas de uma mesquita. Foi uma pena não poder fotografar nada no interior da igreja e do museu...

Rua de Braga


E então partimos em busca do nosso almoço! Não tínhamos tomado café da manhã para poder almoçar cedo, porque percebemos da pior forma que a maioria dos lugares com comida (não um lanche) fecha às 15 horas. Casualmente encontramos um restaurante muito antigo chamado de Frigideiras do Cantinho. Experimentamos a tal da frigideira, típica de Braga, que parece uma massa de croissant com carne picada dentro, com várias opções de acompanhamento. No nosso caso, pedimos queijo e presunto. Cada um de nós comeu um bife, arroz, fritas, salada e ovo frito, além de café e uma sobremesa para o Emerson. O total foi de 30 euros e saímos bem satisfeitos. Segundo consta no estabelecimento, ele data de 1796 e em seu interior parte do piso é de vidro, mostrando ruínas da cidade do século III.

Frigideira




Entre chuva e céu azul (incrível como o tempo mudo rápido), passeamos pelas várias ruas para pedestres (aqui chamados de peões) e também por uma enorme praça chamada República, da qual se avista a igreja  Bom Jesus do Monte. Não foi desta vez que visitamos a igreja, que fica um pouco afastada da cidade: está aí um bom motivo para voltarmos no futuro.


Aqui dá para ver a chuva voltando

Praça da República

Praça da República, com a Igreja Bom Jesus do Monte ao fundo, bem alta!

Mais uma ruazinha da cidade
Uma coisa que eu não conhecia e que vemos muito na região norte de Portugal tem origem na história dos Lenços de Namorados. Conta a história que as moças, quando estavam próximas da idade de se casar, confeccionavam um lenço bordado e era entregue ao "namorado". De acordo com a atitude que este tomava, ou seja, se fazia uso publicamente, ou não, do lenço, que se decidia se teria início o namoro. Atualmente, encontram-se em todos os lugares objetos com as estampas desses lenços da região do Minho, da qual Braga faz parte.

Exemplo do uso da estampa

E aproveitando mais uma chuva, entramos no Salão de Chá Lusitana, lugar muito agradável, com belos doces e um bom lugar para uma pausa. Fica bem ao lado do Jardim de Santa Bárbara. Mais um exemplo de como, para padrões europeus e até brasileiros, é barato fazer turismo aqui! Dessa vez foram dois cafés, um chá, dois salgados, uma torta de maçã, um doce de arroz, um pastel de nata e uma coca zero (sim, zero) por 10 euros (já incluso o serviço).

Jardim de Santa Bárbara, ao lado do Salão de Chá

Nossa mesa


Nossas "companhias" no salão de chá




Caminhamos mais um pouco e como já estávamos perto do arco da saída, mas ainda faltava algum tempo para o trem, fizemos um esforço e tomamos mais um cafezinho para matar o tempo... Aliás, confeitaria é o que não falta por aqui!




E lá seguimos para a estação, encantados com a cidade!


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