sábado, 17 de janeiro de 2015

De Marvão a Coimbra

16.01.2015

Acordamos em Marvão. A previsão do tempo indicava um solzinho no início do dia, com chuva no meio da manhã. Depois da chegada em meio à neblina, o jeito era acordar cedo para ver se a previsão se confirmava. Ao abrir a janela, com vista para a Espanha (leste), o sol dava a sua cara, não muito certo de que iria permanecer por muito tempo.

Então vamos lá! Eram 8 horas, temperatura de -1º C, colocamos nossas roupas para enfrentar o frio (e pior, o vento) e seguimos em direção ao castelo, principal local para visitar na cidade. O café da manhã iria ficar para a volta...

Mesmo com o sol tímido, conseguimos fazer a visita! Não tinha ninguém, em lugar nenhum, nessa grande cidade de 150 habitantes. O castelo era só nosso (imagina-se o porquê).

Praça em frente ao nosso hotel

Nosso hotel e nosso carro - estacionamento em frente facilitou
nossa chegada com chuva

Ruazinhas da cidade

A subida é íngreme, e só foi a 1ª do dia...

Vista do castelo ao fim do morro. Pausa para descanso


Vista parcial da cidade e da estrada sinuosa da chegada

Subindo mais um pouco...

Vista incrível lá de cima







Portão de entrada do castelo

E o tempo já fechou... começou a chuva

Voltamos ao hotel para o café, pois a chuva havia começado. Dá para ver nas fotos a mudança do céu em menos de uma hora de passeio. Depois do sol e do chuvisco, apareceu a neve. Fraquinha, mas era neve. Arrumamos nossas coisas e, na saída, sol novamente! Inacreditável... E eram apenas 11 horas da manhã.

Deixamos Marvão pela porta da cidade e seguimos nosso roteiro, prevendo dormir  em Coimbra.

Porta da cidade - sol de novo



Para facilitar, coloco o nosso roteiro. Percorremos quase 220 Km, parando em Castelo de Vide (B), bem pertinho de Marvão (A), e Tomar (C), 80 Km antes da chegada em Coimbra (D).


Não sabíamos se faríamos a parada em Castelo de Vide, por ser outro castelo, mas como o céu estava azul e o sol finalmente apareceu, resolvemos entrar.

Estacionamos o carro na parte baixa da cidade (sem a mínima possibilidade de se arriscar subindo nas ruazinhas estreitíssimas) e subimos novamente a pé. Isso não deixou a Cecília muito feliz, mas ela foi parceira e fez um esforcinho. Realmente, a subida é bem acentuada, mas o castelo e a vista que ele proporciona compensam de sobra!

Começando a subida...

Entrando no castelo

Primeira subida

Entramos na portinha da foto acima... linda vista das janelas!


Mais uma escadinha para o topo da torre
Depois de muito subir, chegamos ao topo do castelo, na torre! E aí, o que fazer???

A) Ficar no whatsapp com a nonna:



B) Aproveitar o saudoso sol e ficar lagarteando:


C) Usar o chão e aproveitar que estamos donos do castelo para uma foto em família:


D) Apreciar a linda vista da cidade aos nossos pés:




Agora descendo, uma fotinho lá de cima da torre em direção ao telhado que a Ce aparece na foto "Primeira subida", para ter uma noção de como o lugar é grande e alto!


Hora de sair do castelo... A descida não melhora muito, porque o chão é tão irregular que precisa tomar cuidado para não cair.




Ao fim, aproveitando mais um pouquinho da vista, aos pés do castelo. As nuvens já vão chegando novamente...
O castelo foi construído por Dom Dinis e Dom Afonso entre 1280 e 1365. A torre de tijolos tem 12 metros e supõe-se seja a parte mais antiga.
Na parte mais próxima do castelo, encontramos o que denominam de judiaria. Ali há a sinagoga, também museu, com entrada gratuita, contando um pouco da história dos judeus naquela localidade. No século XII uma grande comunidade judaica se estabeleceu na cidade, o que aconteceu até o século XV. No início, não havia o bairro exclusivo para eles, mas posteriormente Dom Pedro I os restringiu a áreas especificas. Em 1496, Dom Manuel I ordenou a expulsão de quem não se convertesse ao cristianismo.



Ruelas da judiaria

Castelo de Vide vista da estrada
Adorei a cidade, com mais estrutura do que Marvão. Concluímos que se tivéssemos que escolher apenas uma para visitar seria Castelo de Vide. Como as duas são muito próximas, vale a pena tentar conhecer as duas!

Deixamos Castelo de Vide com destino a Tomar, pouco mais de uma hora de viagem, já saindo do Alentejo. Planejamos almoçar por lá. Novamente, o céu com poucas nuvens deu lugar a um dilúvio! Chegamos a Tomar debaixo de chuva e nem minhas previsões mais otimistas acreditavam de fato que teríamos um céu azul novamente.



Estacionamos o carro, desta vez com parquímetro. Cidade "grande", com 16.000 habitantes. Seguimos a pé, debaixo de chuva, até próximo à Praça da República, onde a rua lateral tinha várias opções de restaurante. Desta vez escolhemos um italiano, para a Ce poder comer uma massinha. Aqui pedimos dois pratos de penne, com molhos diferentes, além de uma entrada com sopa de legumes e prato de bacalhau com nata. Com a bebida, o valor do almoço foi de 28 euros.

Como estávamos ali, não poderíamos deixar de conhecer o Convento de Cristo, mesmo com chuva. E a surpresa ao sair do restaurante? Céu azul!!! Ainda chovia um pouco, não consegui entender como, porque não tinha nuvens no céu (nem árvores, nem marquises...), mas logo passou.

Na Praça da República tem a Igreja de São João Batista. Local bem agradável e com temperaturas mais altas deve ser muito bom passar um tempinho nas mesas externas.

Praça da República, com o convento ao fundo (subimos até lá...)

Igreja São João Batista

Mesinhas na praça, para um dia mais quente

Mais uma subida íngreme! Terceira do dia... dessa vez a Cecília só foi porque não tinha opção mesmo. O pior foi chegar lá em cima e ver que tinha um estacionamento...

Quase no fim da subida... já avistando alguma coisa

Porta de entrada do convento

Último morrinho
O que tenho a dizer é que todo o esforço compensa, quando se cruza o último portão e se vê isso:


Aí vão a planta e uma breve explicação sobre o lugar:


O ingresso custa 6 euros/adulto. A visita vale muito a pena e para ser feita com calma precisa de cerca de uma hora.  Uma pena que a "Charola", igreja dos templários, não possa ser fotografada. Ela é lindíssima! É feita em 16 lados, de modo que os cavaleiros pudessem ir ao local montados em seus cavalos. Algumas fotografias do Convento de Cristo:


No telhado

Claustro Principal


Aqueduto construído entre 1593 a 1613 para levar
água aos monges

Descemos o morro e ainda conseguimos tomar um café antes de esgotar o tempo do nosso parquímetro. Pegamos nosso carro às 17:30 e partimos para Coimbra! Chegamos exaustos, depois de dois castelos e um convento/castelo, mas dessa vez até que o tempo foi legal conosco.

Agora, é descansar as pernas porque Coimbra não é nada plana...

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...