terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Coimbra

17 e 18.01.2015


Ficamos dois dias inteiros em Coimbra, mas acabamos usando a tarde de um deles para fazer um bate-volta para Aveiro. Acho que é suficiente para conhecer a cidade.

No nosso roteiro, Coimbra acabou ficando para um sábado e um domingo, o que me pareceu não ser o ideal. No sábado, até tinha algum movimento na cidade baixa, mas a parte alta, onde visitamos e fica a Universidade, estava quase deserta! No domingo, tudo estava às moscas. Não sei se é a época do ano ou se é assim sempre...

Ficamos hospedados no Hotel Oslo. Ele fica bem próximo da estação ferroviária central da cidade e bem inserido na cidade baixa. Faz-se o passeio até a cidade alta e Universidade a pé mesmo.
Entra-se na cidade alta pelo Arco de Almedina, que é um portão mouro. A partir dali, sobe-se uma ladeira enorme, chamada de rua Quebra Costas (o nome é bem sugestivo).  Ao final da escadaria, encontramos a Sé velha, do final do século XII.


Arco da Almedina




Rua de Quebra Costas... descansando no caminho

Sé velha


Continuamos a subida e chegamos então à Sé Nova, cuja construção foi iniciada pelos jesuítas em 1598 e concluída um século depois. Ela fica praticamente em meio aos prédios da Universidade. Não entramos em nenhuma das igrejas, então não sei como são por dentro. Próximo da Sé Nova também tem um museu chamado Museu Nacional Machado de Castro (não entramos) e mais próximo do largo dom Dinis fica o Museu Acadêmico, que não estava aberto.

Sé nova

Largo Dom Dinis



Mas o melhor está por vir, que é a Velha Universidade, com prédios dos séculos XVI a XVIII, em torno do Paço das Escolas. Deve-se comprar os ingressos para visitar a Biblioteca Joanina, Capela de São Miguel e Sala dos Capelos na biblioteca da universidade (a atual), ANTES  de entrar pela Porta Férrea, que dá acesso ao Paço das Escolas.

Entre 711 e 1130, Coimbra foi uma cidade fortificada muçulmana e data desta época a construção do atual Paço das Escolas. A Universidade foi fundada em 1290 por dom Dinis, porém a instalação definitiva na cidade de Coimbra foi feita por ordem do rei D. João III, em 1537. No Paço das Escolas, tem uma estátua do rei, erguida em 1950 em sua homenagem.


Paço das Escolas

Paço das Escolas, com a estátua do rei


A visita inicia com horário marcado pela lindíssima Biblioteca Joanina, construída entre 1717 e 1728. Atualmente, a biblioteca possui 60.000 livros, na sua maioria anteriores ao século XVIII, entre eles Os Lusíadas, de 1572. Uma curiosidade sobre a forma de preservação dos livros são os morcegos que os protegem de insetos, especialmente traças, dos quais se alimentam. À noite, as mesas de ébano e jacarandá são cobertas, para serem protegidas dos dejetos. Há um piso intermediário, com mais livros, e o último piso, sob o intermediário,  onde ficava a prisão acadêmica, instalada em 1593 em outro local e transferida para o piso inferior da Biblioteca em 1773.

Entrada da Biblioteca


A sequência da visita passa pela Capela de São Miguel, construída entre o final do século XV e início do século XVI. O que chama atenção é o enorme órgão na entrada, construído em 1733 e com cerca de 2.000 tubos.

Depois, subindo a escadaria, está a Sala dos Capelos, onde ocorrem os atos de maior notoriedade da Universidade, como posse de Reitor, abertura solene do ano letivo e doutoramentos. A configuração da sala data de 1655 e ao redor da sala estão os retratos de todos os reis portugueses.
É uma pena que nada disso possa ser fotografado...

Entrada para a Sala dos Capelos


Descemos da cidade velha até a Rua Ferreira Borges, que nos pareceu a mais bonita da cidade baixa. A rua termina (ou inicia) no lindo Largo da Portagem.

Terminando a descida...


Rua Ferreira Borges

Largo da Portagem


Dali voltamos ao hotel e, atendendo pedidos da Cecília, que queria algo “mais moderno", fomos ao shopping (Forum Coimbra). Como era um pouco longe, acabamos pegando um táxi (5 euros cada trajeto). Lá, a Cecília aproveitou muito a Fnac e depois jantamos num buffet brasileiro, com bastante salada, algumas frutas, arroz e feijão preto (20 euros com bebida para nós três). Muitas opções de comida na praça de alimentação.

No domingo, a Cecília estava ansiosa para conhecer o Portugal dos Pequenitos (adulto/criança 8,95/5,50 euros). Foi concebido por Bissaya Barreto e tem miniaturas de monumentos portugueses e de casinhas de cada região. Em vários, é possível entrar e acabou sendo bem interessante.

Entrada


Muitas casinhas típicas do país




Claro que precisava entrar em TODAS

Igreja, claustro e museu dos trajes

Incrível reprodução da Universidade de Coimbra
1-Paço das Escolas 2 - Sala dos Capelos


Na parte da tarde, pegamos um trem da estação Coimbra (A), próxima do nosso hotel e em uma hora chegamos em Aveiro... que fica para o próximo post!

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